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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vitória dos Bombeiros: Cabral cedeu às pressões e vai dar aumento para os Militares


Bombeiros continuam na porta da ALERJ com apoio de professores, policiais e da população


RIO - Atendendo a uma das reivindicações dos bombeiros, o governador Sérgio Cabral anunciou na tarde desta quinta-feira a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, tendo como titular o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões.

Em nota, o governo informou também que enviou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma mensagem antecipando de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais de 5,58% para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários, previstos nas leis 5.767 e 5.768, de 2010.

Segundo Cabral, o reajuste vai gerar um impacto de R$ 323 milhões no caixa do estado. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial no ano.

Ao todo, 16.202 bombeiros da ativa, 5.018 aposentados e 1.592 pensionistas; 39.775 ativos da Polícia Militar, 20.445 aposentados e 13.175 pensionistas; 9.254 ativos da Polícia Civil, 5.232 aposentados e 9.688 pensionistas; e 4.329 agentes penitenciários da ativa, 1.328 aposentados e 1.238 pensionistas vão receber o aumento. São 127.276 servidores, sendo 69.560 ativos, 32.023 aposentados e 25.693 pensionistas.

Fonte: O Globo
 
Ralfe Reis

Um comentário:

Carlos disse...

Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso

Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.