EFE
Tremores voltam a causar pânico em Christchurch 4 meses depois
Sydney (Austrália), 13 jun (EFE).- Vários tremores atingiram nesta segunda-feira com força a cidade neo-zelandesa de Christchurch, onde dez pessoas ficaram feridas e a população reviveu o pânico do tremor de quatro meses atrás que causou 181 mortos.
Como a Polícia informou à Agência Efe, apesar de os sismos não terem sido letais, como os do terremoto de fevereiro, 'vários prédios foram destruídos e estradas danificadas' pelo aparecimento de água e areia do subsolo.
Por causa dos tremores falta de energia em ao menos 20 mil casas e pontos comerciais, deixando o país em pleno inverno sem calefação.
Outros moradores de Christchurch, cidade com 380 mil habitantes, estão sem abastecimento de água e telefonia, detalhou a rede de televisão 'TVNZ'.
As autoridades zelandesas suspenderam as aulas nesta segunda-feira nas escolas do centro da cidade para avaliar os danos na infraestrutura causados pelos tremores.
Christchurch reviveu o pânico de quatro meses atrás pouco depois do meio-dia com um forte tremor de 5,5 graus na escala aberta de Richter, que, segundo o organismo neozelandês GNS Science, teve seu epicentro a 11 quilômetros de profundidade e a dez quilômetros ao sudeste da cidade.
Milhares de habitantes deixaram suas casas e os prédios onde estavam após o primeiro terremoto, ao qual seguiram cinco réplicas em um período inferior a 3h, o mais forte deles de 6 graus, com epicentro a dez quilômetros ao sudeste de Christchurch e a uma profundidade de 9 quilômetros.
O tremor de 6 graus foi sentido nas cidades da costa leste da Ilha Sul e danificou mais ainda a já abalada catedral de Christchurch e em outras construções.
Com o primeiro abalo, a igreja de Saint Johns desmoronou, no centro da cidade e dos escombros foram resgatadas duas pessoas somente com arranhões.
Algumas pessoas foram feridas pelo impacto de pedras que se soltaram de prédios. Após o primeiro terremoto, as autoridades locais ordenaram a evacuação de shoppings e de edifícios de escritórios, enquanto o departamento de Aviação Civil fechou temporariamente o aeroporto de Christchurch.
'Graças a Deus conseguimos evacuar a zona vermelha', disse o prefeito de Christchurch, Bob Parker, à 'Radio Nova Zelândia' e em alusão à área da cidade isolada e onde continuam os trabalhos de reconstrução de vários prédios danificados pelo forte tremor de quatro meses atrás.
Ao anoitecer, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, revelou em entrevista coletiva que ainda era muito cedo para fazer uma avaliação dos danos materiais causados pelos sismos.
Mas adiantou que após falar com o prefeito de Christchurch estava considerando a possibilidade de 'declarar o estado de emergência' na zona afetada para permitir a atuação das autoridades.
'O maior revés é à confiança das pessoas', declarou Key, em alusão à lembrança do terremoto de 22 de fevereiro, no qual morreram 181 pessoas.
Por causa desse terremoto, 10 mil casas e 1 mil prédios comerciais tiveram de ser demolidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário