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sexta-feira, 25 de março de 2011

Campanha no Twitter pede permanência de Agnelli na Vale

Em meio a notícias de pressões políticas para tirar Roger Agnelli da presidência da Vale, usuários do serviço de microblog Twitter começaram uma campanha pela permanência do executivo na mineradora.

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Por enquanto, a hashtag (símbolo que indica um assunto) #FicaAgnelli, que identifica essa "campanha", ainda não subiu para a lista dos chamados "trending topics" (ATUALIZANDO: AGORA,JÁESTÁNOS TT's), isto é, os "assuntos" mais repercutidos pelos frequentadores do Twitter. Mas alguns usuários estrangeiros já começaram a espalhar a notícia, já divulgada pela imprensa em língua inglesa.

Os usuários do serviço usam a campanha para protestar contra a suposta interferência do governo na mineradora. "A Vale tem o maior lucro de sua história e o governo quer mandar o Agnelli embora! Governo devia ficar quieto no lugar dele!", escreve um deles, enquanto outro chama o executivo de "Steve Jobs brasileiro", comparando Agnelli ao presidente-executivo da Apple.

RUMORES

Embora os rumores a cerca de pressões pela saída do executivo sejam antigos, ganharam fôlego renovado nos últimos dias nas páginas dos jornais.
O ministro Guido Mantega (Fazenda), segundo reportagem do 'Estado de S.Paulo', solicitou a saída de Agnelli ao presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão. E uma reportagem da Folha publicada ontem apontou um movimento de empregados e diretores da companhia para entregar, de modo conjunto, seus cargos, caso a mudança na presidência da companhia se concretize.
O banco Bradesco reparte o controle da Vale com o Previ (o fundo de pensão do Banco do Brasil), a maior acionista, a trading japonesa Mitsui e o BNDES.

Por conta desses rumores, o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) negou ontem qualquer tentativa de intervenção do governo no comando da mineradora.

E hoje, o próprio Agnelli se manifestou, negando uma articulação política para manter o cargo.
Em nota oficial divulgada pela assessoria da empresa, o executivo afirma que "a decisão sobre a escolha do diretor-presidente da Vale compete exclusivamente aos acionistas controladores da empresa", acrescentando: "o que tenho feito nos últimos dias é o mesmo que fiz ao longo de toda a minha carreira: trabalhar. Não tenho envolvimento com qualquer questão política relativa a este assunto".

Folha Mercado

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