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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Artigo de Anthony Garotinho no espaço "Opinião" do jornal O Diário

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”


(Joseph Goebbels – Ministro da Propaganda de Hitler)

Quero convidar vocês a uma reflexão importante, diante de tantas mentiras, acusações despropositadas, ilações e manipulações que envolvem meu nome. Muito tenho falado das perseguições que venho sofrendo, e a cada nova acusação ou mentira que lançam, quem acompanha o meu blog, sabe que imediatamente respondo, com provas, mostrando documentos desmontando cada farsa, comprovando de forma inquestionável a minha inocência.

Ninguém teve a vida mais investigada, devassada e revirada do que eu. Nem Brizola passou por tudo isso. Para quem não sabe o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, antes de assumir o cargo, quando era apenas delegado da Polícia Federal, foi designado e passou mais de um ano só me investigando junto com uma equipe de agentes especiais. Meus inimigos o incumbiram de descobrir contas secretas no exterior ou alguma falcatrua em que eu estivesse envolvido. Passaram um ano rastreando tudo, monitorando, fazendo escutas telefônicas, muitas ilegais, fotografando meus passos e da minha família.
Veículos de comunicação, como o jornal O Globo e a revista VEJA escalaram repórteres só para fazer matérias investigativas a meu respeito. Vasculharam tudo o que podiam, ouviram centenas de pessoas, tiveram acesso a documentos sigilosos que não poderiam ser divulgados pela polícia e pelo Ministério Público porque invadiram o meu direito à privacidade, mas assim mesmo, foram repassados ilegalmente a repórteres para colaborar nas suas reportagens.
Um grupo de promotores do Ministério Público Estadual, agindo como força-tarefa política, se dedicou – e ainda se dedica – a investigar cada passo do meu governo e do de Rosinha, cada processo, cada liberação de verba.
Como se tudo isso não bastasse, a Polícia Federal fez uma operação cinematográfica, para a qual toda a imprensa foi avisada antecipadamente, a ponto de chegar à minha casa antes da própria polícia, contrariando a praxe da instituição, para promoverem um espetáculo sensacionalista em frente às câmeras. Minha casa foi revirada, pasmem, à procura de armas. Vasculharam desde o lixo até o armário de roupas da minha mulher e das minhas filhas.

A verdade é uma só: ninguém teve a sua privacidade tão invadida, sua vida tão revirada, seus passos tão monitorados, seu passado tão investigado como eu. Vocês hão de concordar comigo. E todos esses anos de investigação, as centenas de pessoas envolvidas, os recursos de tecnologia empregados, os métodos ilegais, muitas vezes utilizados, com tudo isso do que me acusam?
Vocês já repararam que depois de tudo isso, até hoje, não me acusaram de superfaturar uma obra, de fazer negociata beneficiando alguma grande empresa, de desviar dinheiro público, de ter mandado fraudar uma licitação, de ter dinheiro escondido, de ter contas no exterior, de Rosinha ou meus filhos terem contas ou patrimônio no seu nome incompatíveis com a renda, de ter mansões, fazendas, iates ou outros luxos?

Cabe aqui outro questionamento. Não se esqueçam que fui deputado estadual, prefeito de Campos por duas vezes, governador do Estado e secretário de Estado, nos governos Brizola e Rosinha. Vocês conhecem algum político que com esse currículo, com os cargos que ocupou, após deixar o governo voltou a trabalhar na sua profissão para se sustentar?

Agora vejam o resumo dessa verdadeira blitz de investigações que fizeram contra mim. A única coisa que conseguiram para tentar me impedir de ser candidato é a acusação débil, insensata e que ignora a lei, de que eu, nas eleições de 2008, em junho, antes da campanha eleitoral, no meu programa de rádio, entrevistei Rosinha, como, aliás, fiz com outros candidatos à prefeitura de Campos (só Arnaldo Vianna não foi porque não quis, porque também foi convidado).

Não conseguiram encontrar mais nada. Todas as acusações, uma a uma, eu e Rosinha temos sido inocentados pela justiça. Vocês acham que se houvesse realmente alguma coisa grave contra mim, algum ato de improbidade, isso já não teria estampado as primeiras páginas dos jornais e virado manchete de telejornais?

Esse é o maior atestado que eu poderia ter de bons antecedentes e que comprova a minha honestidade. Mas por que tentam através de decisões jurídicas, que chegam a ser surreais, e com argumentos absurdos me impedir de ser candidato?

É o velho golpismo da elite conservadora, que se locupleta das negociatas inconfessáveis, o poder econômico que não quer um governante que olhe e trabalhe pelo povo. Foi assim com Getúlio Vargas, com João Goulart, com Brizola, e agora comigo. Precisam me combater, porque sabem que eu não sou homem de baixar a cabeça – como nunca fiz – para esses interesses poderosos. O meu compromisso é com o povo e não faço concessões.
Por isso, os poderosos me vêem como uma ameaça aos seus interesses financeiros, à sua ganância que sangra os cofres públicos, e em último caso, condena o povo à miséria, ao desajuste social, à falta de emprego e de condições de vida dignas.
O grande estadista Winston Churchill disse uma vez: “A mentira roda meio mundo antes de a verdade ter tido tempo de colocar as calças.”
Essa é uma constatação, com a qual, conta essa elite conservadora que é contra o povo. Sabem que a repetição de manchetes, por mais mentirosas e manipuladas que sejam, seguindo o princípio de Goebels, de que uma mentira repetida mil vezes se transforma em verdade, vai criando na cabeça de muitas pessoas uma imagem negativa a meu respeito. Querem que no inconsciente coletivo o meu nome seja associado à desonestidade. Isso é um fato.

Só esquecem que vivemos novos tempos: a era da internet. Pouco a pouco, as pessoas vão descobrindo a verdade, que vai se propagando, de e-mail em e-mail, nas redes sociais, nos blogs. E com isso as pessoas começam a se sentir usadas, porque descobrem que estão sendo manipuladas por boa parte da mídia.

Nunca tive dúvidas de que enfrentaria uma batalha árdua, sem tréguas, desigual, vil. Mas o que esses poderosos esquecem é que tenho o povo do meu lado e a história está cheia de exemplos de líderes, que venceram guerras, que muitos julgavam perdidas, por um único detalhe: contavam com a lealdade e o espírito de luta do seu povo.

Na Bíblia está escrito: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Tenho fé em Deus e confiança no povo do Rio de Janeiro, de que no final, a verdade prevalecerá e a vitória será do nosso povo. (Do blog).

Ex-governador e presidente estadual do PR

http://www.odiarionews.net/wordpress/opiniao/anthony-garotinho/

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