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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Máfia do Cabral



José Roberto Arruda e Sérgio Cabral: bons amigos com as mesmas práticas de corrupção
José Roberto Arruda e Sérgio Cabral: bons amigos com as mesmas práticas de corrupção


A eleição passou, Cabral foi reeleito – sabemos como – e assim como aconteceu durante a campanha, a mídia continua fingindo que não sabe do “mar de lama” de corrupção que tomou conta do governo Cabral. Mas a população esclarecida não esqueceu a sucessão de escândalos, os casos de corrupção escancarada, as fraudes e as denúncias que foram feitas contra Cabral e sua turma, e que até hoje, ninguém tomou nenhuma providência.

Vou citar alguns casos – só os 10 de maior destaque – porque o povo do Rio de Janeiro exige um posicionamento das autoridades.

1) O caso da TCI e a gestão da distribuição de remédios na secretaria de Saúde que resultaram num prejuízo de mais de R$ 80 milhões, por conta de remédios jogados no lixo porque perderam a validade. Um empresário denunciou o esquema todo à Polícia Federal, inclusive com gravações. Chegou a ser anunciada uma operação da PF, mas que foi abortada em Brasília, a pedido de Cabral. O inquérito está parado.

2) O caso da TOESA, na terceirização das viaturas da Defesa Civil, onde o governo Cabral paga pelo aluguel de cada carro, por ano R$ 45 mil, o que equivale a 26 vezes a mais do que o governo de São Paulo paga pelo aluguel de veículo idêntico.

3) O caso dos contratos de terceirização e aluguel de containers e outros equipamentos para as UPAs. A Justiça mandou a secretaria de Saúde entregar cópia dos contratos.

4) O caso do aluguel de 14 mil aparelhos de ar condicionado, por R$ 1.035.000 mensais, sendo que só pela instalação elétrica o Estado pagou R$ 24 milhões. O Estado vem pagando esse aluguel há um ano, e muitos aparelhos ainda nem foram instalados e o contrato termina este mês, mas podem estar certos que será renovado.

5) O caso da compra de lap tops superfaturados em quase 70% do valor unitário de um modelo idêntico nas lojas.

6) O caso da Julio Simões e a terceirização da frota da PM, onde Cabral paga pelo aluguel de uma viatura R$ 4 mil mensais. Ao final do contrato de 2 anos e meio, que vai vencer este ano, o governo do Estado terá pago pelo aluguel de cada carro, o equivalente a 4 carros 0 KM de modelo igual.

7) O caso da mansão milionário de Cabral, no condomínio de luxo, Portobello, em Mangaratiba, que ele declarou ser “um sítio de R$ 200 mil”, mas que segundo o jornal Valor Econômico está avaliada em R$ 4 milhões.

8) O caso da renovação dos contratos de concessão do Metrô (mais 20 anos) e da Supervia (mais 25 anos), que apresentam péssimos serviços, mas são defendidos e representados pelo escritório de Adriana Ancelmo Cabral, a mulher de Cabral.

9) Os negócios do escritório da mulher de Cabral com o grupo Facility, que ganhou de Cabral contratos de terceirização de serviços que ultrapassam R$ 1,2 bilhão; com a TELEMAR, a quem Cabral perdoou uma dívida de R$ 836 milhões; e vários outros.

10) Os casos que envolvem a eleição, como o uso por Cabral da máquina pública na sua campanha eleitoral, foi fotografado até usando helicóptero do Estado em campanha; a fraude na prestação de contas também documentada, que relembrei ontem, aqui no blog; o abuso do poder econômico e político também comprovado com a gravação de um prefeito exigindo de servidores que votassem em Cabral e Picciani, para não sofrer represálias.

Esses são apenas os 10 casos que tiveram maior visibilidade. Se fosse enumerar todos, gastaria muito espaço. Conforme no início do ano, o jornalista Claudio Humberto escreveu na sua coluna, as gravações que a Polícia Federal dispõe mostram que a corrupção no governo Cabral faz o Mensalão de Brasília, do ex-governador José Roberto Arruda, parecer “Sessão da Tarde”. E olhem que ele se referia apenas à secretaria de Saúde.

O atual presidente da ALERJ, Jorge Picciani afirmou que não haveria CPI no estado até as Olimpíadas de 2016. Bem, a partir de fevereiro ele não estará mais no cargo, porque perdeu a eleição para o Senado. Esperamos que os deputados pelo menos investiguem aquilo que o povo hoje chama de “A Máfia do Cabral”. 


Blog do Garotinho

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