domingo, 31 de outubro de 2010
Dilma está eleita
Com 93% apurado, a diferença da petista para Serra é de cerca de 10 milhões e faltam somente 9 milhões de votos a serem apurados.
Dilma é a primeira presidente mulher do Brasil.
Que faça um bom governo, nosso dever é cobrar as suas promessas e fiscalizar o seu governo, além de como cristão temos o dever de orar por nossos governantes.
Resultado final em SJB e SFI
SJB
Serra – 12.045 votos.
Dilma – 8.781 votos.
SFI
Serra – 13.693 votos.
Dilma – 8.242 votos.
Em Goiás, Amapá e Diatrito Federal já temos governadores eleitos
apurados: 96,65%
CAMILO CAPIBERIBE
PSB 53,68% 164.527 eleito
LUCAS
PTB 46,32% 141.982
DISTRITO FEDERAL>>
apurados: 100,00%
AGNELO
PT 66,10% 875.612 eleito
RORIZ
PSC 33,90% 449.110
GOIÁS>>
apurados: 99,99%
MARCONI PERILLO
PSDB 52,99% 1.551.052 eleito
IRIS REZENDE
PMDB 47,01% 1.376.106
Serra ganhou de Dilma em Campos
Dilma - 110.731 votos.
PS.: Atualização às 19:38: Uma diferença de 13 mil votos.
Serra somou mais 56 mil votos que no 1º turno enquanto Dilma somou mais 33 mil votos no 2º turno em relação ao 1º turno.
Blog do Roberto Moraes
Parcial Presidente
DILMA PT 54,67% 46.887.636 votos
JOSÉ SERRA PSDB 45,33% 38.870.075 votos
Apuração: Governadores
apurados: 29,90%
TEOTONIO VILELA
PSDB 51,41% 202.082
RONALDO LESSA
PDT 48,59% 191.025
AMAPÁ>>
apurados: 92,29%
CAMILO CAPIBERIBE
PSB 53,57% 156.490
LUCAS
PTB 46,43% 135.606
DISTRITO FEDERAL>>
apurados: 100,00%
AGNELO
PT 66,10% 875.612 eleito
RORIZ
PSC 33,90% 449.110
GOIÁS>>
apurados: 99,44%
MARCONI PERILLO
PSDB 52,99% 1.542.943 eleito
IRIS REZENDE
PMDB 47,01% 1.368.701
PARAÍBA>>
apurados: 78,55%
RICARDO COUTINHO
PSB 53,56% 842.084
ZE MARANHAO
PMDB 46,44% 730.274
PIAUÍ>>
apurados: 56,62%
WILSON MARTINS
PSB 56,92% 505.882
SILVIO MENDES
PSDB 43,08% 382.955
PARÁ>>
apurados: 66,95%
SIMAO JATENE
PSDB 56,61% 1.272.948
ANA JULIA
PT 43,39% 975.719
RONDÔNIA
apurados: 3,30%
JOÃO CAHULLA
PPS 52,11% 12.162
CONFUCIO MOURA
PMDB 47,89% 11.177
RORAIMA
ANCHIETA
PSDB 50,77% 4.038
NEUDO CAMPOS
PP 49,23% 3.915
Pesquisa Boca de Urna
Barbosa Lemos estimula o impeachment do prefeito de SFI
Blog do Roberto Moraes
sábado, 30 de outubro de 2010
Direto da Santa Casa de Misericórdia de Campos
Em tempo: Recebo visitas das 13:00 às 14:00. Aqui têm muitas\pessoas que necessitam de orações, estajam intercedendo por elas.
qual será o efeito da falta de água no nosso organismo?
Você sabia que o mecanismo da sensação de sede é tão fraco, que com frequencia, 37% dos seres humanos a confunde com a fome? Ainda mais, uma desidratação imperceptível retardará o metabolismo em aproximadamente 3%. Um copo de água aliviará a fome à meia noite, em quase 100% dos casos, sob dieta redutora, segundo um estudo realizado na Universidade de Washington.Você sabia que... Uma redução de somente 2% de água no corpo pode causar perda momentânea de memória, dificuldade em fazer contas matemáticas básicas e problemas de focar a visão sobre uma tela de computador ou sobre uma página impressa? Beber um mínimo de 8 copos de água por dia diminui o risco de câncer de cólon em 45%, além de baixar o risco de câncer de mama em 79% e reduzir à metade a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga? Pois é, e tem muito mais: "De acordo com os experts, isto não é opcional, é obrigatório, se quisermos que nosso cérebro funcione de uma maneira ótima.E, se estamos estressados, devemos aumentar a quantidade para 16 copos de água por dia. 90% do volume do nosso cérebro é composto de água, que é o principal veículo das transmissões eletroquímicas."
domingo, 24 de outubro de 2010
Dicionário Feminino #2
Depois de uma briga ...
O que eu fiz?/O Que Aconteceu?
Não é Você, Sou Eu
O que eu fiz?/O Que Aconteceu?
Fez tudo de Ruim / Aconteceu Você!
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Família Virtual
- Muito bem, tínhamos de ter essa conversa um dia. O que aconteceu foi o seguinte: eu e sua mãe nos conhecemos e nos encontramos num chat desses da web, que existem para conversar.
O papai marcou uma interface com a mamãe num cybercafé e acabamos plugados.
A seguir, a mamãe fez uns downloads no joystick do papai e, quando estava tudo pronto para a transferência de arquivo, descobrimos que não havia qualquer tipo de firewall conosco.
Como era tarde demais para dar o esc, papai acabou fazendo o upload de qualquer jeito com a mamãe e, nove meses depois... apareceu você: o Vírus.
Copiado do Pavablog
O FIM DE UM CARTEL DA GLOBO
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu, nesta quarta-feira, extinguir o direito de preferência da Rede Globo na negociação pelos direitos de TV do Campeonato Brasileiro. O acordo, costurado pelo órgão com a emissora e o Clube dos 13, vale já para a negociação das edições de 2012 a 2014.
O processo que julgava supostas práticas de cartel na negociação dos direitos de transmissão já durava 13 anos. Nesta quarta, em reunião do Plenário do Cade, a proposta final de extinção da cláusula de preferência foi aprovada pela maioria. Apenas o presidente da sessão, Arthur Badin, não quis homologar o texto proposto pela relatoria, por julgar que as mudanças no atual modelo deveriam ser maiores.
Agora, Globo e Clube dos 13 ficam sob a vigilância do Cade. O acordo celebrado nesta quarta é apenas um termo de cessação de conduta (TCC). Caso o órgão verifique novos indícios de carteis ou o descumprimento do TCC, o julgamento será reaberto.
Até a decisão do Cade, a Globo tinha o direito de cobrir qualquer proposta concorrente, mesmo que ela tenha acontecido em sistema de envelope fechado. Agora, a emissora irá concorrer igualmente com suas rivais, mas pode manter a sua exclusividade caso vença novamente a disputa.
O TCC aprovado orienta que os direitos de TV sejam separados por mídias (TV aberta, TV por assinatura, pay-per-view, internet e celular). Ele não exclui, no entanto, a possibilidade de que uma mesma empresa conquiste todos os contratos.
Também não há exigência alguma quanto ao sub-licenciamento dos direitos. Desta forma, depende da vontade da emissora revender, ou não, a propriedade para as suas concorrentes, tanto na TV aberta quanto na fechada. Para Badin, o Cade deveria aproveitar a possibilidade para tentar minar um possível monopólio.
“A mudança que está sendo implementada pelo TCC é do interesse do próprio Clube dos 13 e poderia ser feito por ele mesmo. Desse modo, me sinto bastante incomodado em reconhecer a validade de uma série de práticas que são o objeto principal desse processo, como a exclusividade”, disse o presidente do plenário, que reconheceu, no entanto, não ter uma contra-proposta à altura.
A argumentação do relator César Mattos é que uma mudança mais drástica, como a pulverização das propriedades e a exigência de que mais de uma emissora compre os direitos, poderia atrapalhar o desenvolvimento do mercado.
“Mesmo em contato com a experiência internacional, o Clube dos 13 nos disse que outro modelo tem o potencial de desarranjar o setor. É arriscado seguir por esse caminho. Esse arranjo de preferência gera o melhor efeito possível até onde posso ir sem gerar um trauma”, disse o relator.
A Globo, por meio da sua assessoria de imprensa, afirmou que "o acordo celebrado foi uma solução adequada para a questão". Já o Clube dos 13, também por meio de seus porta-vozes, informou que não irá comentar o assunto.
Ururau
ururau@ururau.com.br
Cabral planeja vingança contra mim, diz Garotinho
Ontem, recebi uma ligação de um jornalista de Brasília perguntando se eu estava acompanhando atentamente os passos dos aliados de Cabral na capital federal, para impedir minha posse, como deputado federal. Disse que não, embora várias pessoas venham me afirmando que Cabral enviou emissários para todos os lados, a fim de criar dificuldades para mim. Lembrei ao jornalista, que o meu caso é bem diferente de todos os julgados pelo TSE até agora. A decisão do TRE – RJ que me tornou inelegível foi por ter entrevistado Rosinha, no meu programa de rádio, em 2008, na cidade de Campos, antes do período eleitoral. Não foi por nenhuma acusação de improbidade. Por isso, o Tribunal Superior Eleitoral autorizou a minha candidatura e meus votos foram contados e validados, e assim, pela vontade do povo,me tornei o deputado federal mais votado da história do Rio.
O jornalista me afirmou que num restaurante de Brasília, deputados do PMDB do Rio e emissários de Cabral, próximos à mesa onde ele jantava, davam como certo um acordo já feito entre Cabral e uma alta autoridade da República, e cujo prato principal seria minha cabeça, ou seja, meu mandato de deputado federal.
Sinceramente não acredito que um tribunal da envergadura do TSE venha a se curvar ou a participar de um jogo sujo para satisfazer o desejo de vingança que Cabral tem contra mim pelas denúncias que tenho feito de corrupção em seu governo. O jornalista voltou a insistir e pediu para que eu ficasse vigilante, pois tinha fontes seguras.
Pelo sim, pelo não é bom que a população tome conhecimento com antecedência
Pesquisa pós-eleição do Rio
Fonte:Blog do Garotinho
A NOVA REFORMA PROTESTANTE
NOVOS EVANGÉLICOS, GRAÇAS A DEUS
Abrindo mão das grandes estruturas e de olho na pós-modernidade, inspirados no cristianismo primitivo e conectados à internet, exigindo ética e criticando abertamente a corrupção neo-pentecostal, líderes e leigos querem recriar o protestantismo à brasileira
Por Ricardo Alexandre
Irani Rosique é um cirurgião de 49 anos, dono de um dos principais hospitais de Ariquemis, cidade de 84 mil habitantes do interior de Rondônia. Numa terça-feira daquelas típicas noites quentes do outono rondoniense, o médico está no alpendre de uma confortável mas não luxuosa casa de uma amiga professora, no Setor 3, bairro de classe média da cidade, junto a outros velhos amigos, alguns vizinhos e parentes da anfitriã. São aproximadamente 15 pessoas e Irani prepara-se para falar. Por 15 minutos, conversa com os presentes sobre o que o Salmo primeiro (“bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”) dizia aos corações dos presentes. Depois, oraram pela última vez – como já haviam orado uns pelos outros e cantado por cerca de meia-hora antes da palavra do cirurgião – então partiram para o tradicional chá com bolachas regado à conversa animada e íntima.
Irani não é pastor, presbítero, bispo, muito menos “apóstolo”. É apenas um médico que há décadas reúne-se em pequenos grupos de oração, comunhão e estudos da Bíblia. Com o passar dos anos, esses grupos se organizaram num modelo conhecido como “células”, com o objetivo de apoiarem-se e multiplicarem-se. Hoje, são 262 espalhados pela cidade, congregando cerca de 2.500 pessoas, organizadas tanto quanto possível por 11 “supervisores”, Irani entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com a única característica comum de serem crentes mais experientes e de, preferencialmente, terem passado por algum dos vários cursos de treinamento cristão existentes por todo o Brasil.
Desde que converteu-se ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia no final da década de 1960, Irani jamais participou de uma igreja formalmente instituída. Apenas de pequenos grupos sem o menor apego à liturgia ou clero. Adulto, chegou mesmo a ter dificuldades em divulgar seus projetos e eventos entre os chamados “evangélicos históricos”. Entretanto, hoje o médico é uma referência entre líderes de todo o Brasil, de bispos da Igreja Anglicana a professores do tradicionalíssimo Instituto Haggai. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã vindos de igrejas que, há 20 anos, não lhe retornariam um telefonema. Irani Rosique pode ser considerado uma espécie de símbolo de um período flagrante de transição que ocorre hoje nas igrejas evangélicas brasileiras em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões, hierarquias e quaisquer outras ortodoxias estão sob profundo processo de revisão e autocrítica.
Em São Paulo, o pastor Ariovaldo Ramos, formado teólogo e filósofo dentro das estruturas da igreja batista, missionário do Serviço de Evangelização Para a América Latina, ex-secretário da Associação Evangélica Brasileira e hoje líder da Comunidade Cristã Reformada de São Paulo, atesta que a inquietação rondoniense deixou há muito o estágio do experimento. “O jeito antigo de comunicar o evangelho deixou de falar conosco”, diz. “Muitos líderes estão repensando o diálogo e, especialmente, a práxis cristã. Os religiosos que nos antecederam detinham a verdade absoluta. Então não precisavam dialogar nem com a sociedade, nem com quem não pensasse 100% como eles.”
Estima-se que sejam cerca de 50 milhões os evangélicos no Brasil – um crescimento seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando a hegemonia passou das mãos das chamadas denominações históricas (igrejas centenárias de raízes na Reforma Protestante, como batistas, presbiterianas, luteranas e metodistas) para as igrejas pentecostais, especialmente a Assembléia de Deus. Desde a década de 1980, porém, com o surgimento das denominações neopentecostais como Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça e Renascer em Cristo, o número cresceu 700%. Os neopentecostais acrescentaram à doutrina pentecostal de manifestações sobrenaturais o apelo da chamada “teologia da prosperidade”, com ênfase no enriquecimento material. Entre alguns setores evangélicos mais otimistas, circula a estimativa de que até 2020 metade dos brasileiros deverá converter-se à fé evangélica. Dentro do próprio meio protestante, entretanto, há diversas vozes céticas e críticas desse modelo dominante que, segundo estes, moldou-se à sociedade brasileira de consumo em vez de influenciá-la como imaginavam sociólogos como Emílio Willems e Lalive D’Epinay. Essas vozes dissonantes, que ecoam em púlpitos, seminários, blogs, faculdades e pequenos grupos de todo o país questionam não apenas o apetite voraz dos neopentecostais por novos adeptos, mas, ao mesmo tempo, o que chamam de “ensimesmamento” das igrejas históricas. E propõem uma revisão geral de valores.
“Estamos, sem dúvida, numa mudança de paradigma, e as mudanças de paradigma são sempre complicadas, porque os que saem ainda não têm as respostas, e os que ficam estão apenas lutando desesperadoramente para manter o barco na superfície”, diz o pastor Ricardo Gondim, da igreja Assembléia de Deus Betesda, autor de, entre outros livros, Eu Creio, Mas Tenho Dúvidas: A Graça de Deus e Nossas Frágeis Certezas. “O que temos hoje são mais inquietações do que soluções. Ainda somos filhos do velho paradigma e talvez nem sejamos nós a trazer as respostas, mas aqueles que nos sucederão. Uma coisa é certa: o movimento evangélico está visceralmente em colapso.”
Nos Estados Unidos, maior país evangélico do mundo e pátria da maior parte de seus desdobramentos mais controversos – tele-evangelismo, neopentecostalismo etc – a questão de reinvenção do modelo tradicional de igreja evangélica já mobiliza lideranças há algumas décadas. A igreja Willow Creek de Chicago, fundada nos anos 1970, trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja”. Em São Paulo, no início da década de 1990, o pastor Ed René Kivitz, recém-empossado na Igreja Batista da Água Branca adotou o lema para a sua própria comunidade, ao qual adicionou ser ainda “uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar.” Kivitz é atualmente um dos principais pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos mais aguerridos críticos da religiosidade institucionalizada. Em um evento para líderes, no final de 2008, advertiu algumas dezenas de colegas quanto qualquer perspectiva de mobilização em torno da “representatividade” política evangélica: “Eu não quero salvar a igreja evangélica brasileira”, disse na ocasião. “Essa igreja que está aí na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, não com a chamada igreja evangélica brasileira.”
Pós-modernidade – De uma forma ou de outra, com todas as diferenças denominacionais, teológicas e culturais, o que une a maior parte desses pensadores e líderes evangélicos é a busca pelo papel da religião cristã na chamada cultura pós-moderna. “As mudanças que estão acontecendo no meio evangélico hoje não são diferentes das mudanças culturais que a civilização ocidental está experimentando”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie e pastor da Igreja Presbiteriana do Limão, em São Paulo. Para ele, autor do livro A Piedade Pervertida: Um Manifesto Anti-fundamentalista em nome de uma teologia de Transformação , os efeitos negativos da sociedade moderna, como a urbanização incontrolável, a crise de diálogo com o mundo muçulmano e a crise ambiental, conduziram a um clima de descrédito com as instituições – quaisquer instituições – que se arvorassem inabaláveis, sejam bancos, escolas, sistemas políticos e igrejas. “Estão todos sob suspeita”, afirma. “Hoje, ninguém duvida que a espiritualidade é uma boa coisa, assim como educação é uma boa coisa, mas as instituições que as representam estão sob júdice.” Gouveia considera essa nova perspectiva uma “revolução cultural”, mas não se aventura a prever que novo modelo de fé cristã surgirá daí. “Alguns indícios nós temos. Uma certeza é de que a igreja não deve ser sectária, que deve estar envolvida com a sociedade – e a igreja da modernidade era orgulhosa de ser sectária. Outra certeza é de que a fé cristã não pode ser mais baseada na posse de uma verdade da qual eu tento te convencer com argumentação lógica e racional. Acreditamos que são os relacionamentos e as experiências de vida que podem levar as pessoas a experimentar a vida cristã, e não o convencimento de que eu cheguei a uma verdade que vai derrubar a sua mentira.”
Em parte, essa “revolução cultural” é um movimento contra o que esses pensadores chamam de “institucionalização” da igreja. Segundo eles, quase 500 anos depois das famosas “95 Teses” de Martinho Lutero, a igreja protestante – ao menos a sua faceta mais conhecida e numerosa – apresenta-se tão repleta de dogmas, tradicionalismos, carnalidades, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica medieval que Martinho Lutero tentou reformar. “A igreja evangélica tradicional se perdeu no linguajar ‘evangeliquês’, na igreja pela igreja, no moralismo, no formalismo, e deixou de oferecer respostas para quem vive no nosso tempo, na nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchoa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, cidade da Grande Recife. “Tornou-se muito difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com o mundo evangélico, por causa do excesso de formalismo e do vazio de conteúdo.”
Uchoa lidera a maior comunidade anglicana da América Latina, com mais de 1500 membros. Apesar de pregar usando as tradicionais vestes sacerdotais, seu trabalho é reconhecido por toda cúpula anglicana como um dos mais dinâmicos e renovados do país. Ele, que ainda alimenta um blog na internet e trabalha em iniciativas solidárias sem vínculo com denominação alguma, é um dos grandes entusiastas do movimento inglês Fresh Expressions, cujo mote é “uma igreja mutante para um mundo mutante” e o trabalho é orientar grupos cristãos que se reúnam em cafés, museus, praias ou pistas de skate. “O importante não é a forma”, afirma Uchoa. “O importante é encontrar a essência da fé cristã. Essa essência acabou diluída ao longo dos anos, porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular as pessoas. É contra isso que estamos nos levantando.”
Essa busca pela essência da espiritualidade cristã tem transformado diversos pontos até então tidos como característicos como dispensáveis – às vezes condenáveis. E, do ponto de vista dos mais ortodoxos, essas transformações conduzem ao risco do que chamam de “relativismo” dentro dos absolutos da fé cristã. “É claro que somos criticados como ‘relativistas’, mas penso que o nosso desafio é realmente aprender a contemporizar o que é relativo e o que é absoluto na fé cristã”, afirma Ariovaldo Ramos. “Sabemos, por exemplo, que a ética é um valor inegociável. A generosidade também. O amor também. Mas a estrutura eclesiológica, a religiosidade, são valores que muitas vezes se chocavam com a essência. Estamos abrindo mão deles”.
Em Campinas, funciona uma das experiências mais radicais de diálogo cristão com a sociedade pós-moderna. A Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera não tem exatamente uma sede – seus freqüentadores reúnem-se em dois salões anexos a grandes condomínios da cidade e em casas ao longo da semana. Aboliram a entrega de dízimos e ofertas da liturgia de suas reuniões – os interessados em contribuir devem procurar a secretaria e fazê-lo via depósito bancário, e esperar em casa um relatório detalhado dos gastos do mês. Seus “sermões” são chamados, mais apropriadamente, de palestras, e são ministrados duas vezes por domingo, com recursos multimídias e um palestrante sentado em um banquinho a frente de um MacBook. Como estímulo à mensagem bíblia, o freqüentador pode entrar em contato com uma crônica de Luiz Fernando Veríssimo ou uma música de Chico Buarque de Hollanda. Trocaram o uso do termo “igreja” por “comunidade”. Seu público é formado principalmente por gente com formação universitária entre os 25 e 40 anos.
“Os seminários teológicos formam ministros para um Brasil rural em que os trabalhos são de carteira assinada, as famílias são papai-mamãe-filhinhos e os pastores são pessoas respeitadas”, diz Ricardo Agreste, pastor da Comunidade e autor dos livros Igreja? Tô Fora e A Jornada (ambos lançados pela Editora Socep). “O risco disso é passar a vida oferecendo respostas a perguntas que ninguém mais nos faz. Há muita gente séria, claro, dizendo verdades bíblicas, mas presas a um formato ultrapassado.”
Macumba para evangélicos – Outro ponto fundamental de confluência dessas novos evangélicos é o rompimento declarado com a face mais visível dos protestantes brasileiros: os neopentecostais, especialmente com as denominações expostas na televisão. “É lisonjeador quando somos chamados de ‘pensadores’ cristãos, como quem está problematizando a questão evangélica”, afirma Agreste. “Mas o verdadeiro problema dos evangélicos brasileiros não é de inteligência. É de ética e honestidade – ou, para usar um termo cristão, de santidade.”
O pastor presbiteriano entende como algo de grande importância que o tratamento dispensado aos neopentecostais tenha transcendido o campo das divergências teológicas ou de costumes. “Nos últimos tempos, essas divergências ganharam uma conotação mercadológica”, ele explica. “Não se trata mais de pensar de forma diferente sobre a essência da espiritualidade cristã. Hoje se trata de entender que há gente utilizando vocabulário, elementos de prática cristã para manipular as pessoas e ganhar dinheiro com isso. Essa tomada de posição tornou a crítica muito mais acirrada.”
Como efeito, há um movimento grande de crítica aberta ao segmento evangélico vindo das entranhas do próprio movimento evangélico, especialmente contra seus ramos ligados à teologia da prosperidade. A jornalista Marília Camargo César publicou no final de 2008 o livro Feridos em Nome de Deus, sobre fiéis decepcionados com a religião por causa de abusos de pastores e líderes. O teólogo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, publicou O Que Estão Fazendo com a Igreja: Ascenção e Queda do Movimento Evangélico Brasileiro, um desolador retrato de uma geração cindida entre o liberalismo teológico, os truques de marketing, o culto da personalidade e o esquerdismo político. Ricardo Bitun, doutor em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, dedicou-se a estudar o assunto e publicou a tese Igreja Mundial do Poder de Deus: Rupturas e continuidades no campo religioso neopentecostal. O presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas, João Flavio Martinez definiu as práticas místicas da Igreja Universal do Reino de Deus como descarrego, quebra de maldições, objetos benzidos como “macumba para evangélico”. “Não chega a ser uma novidade essas críticas internas”, afirma Renato Fleischner, gerente editorial da Editora Mundo Cristão, citando livros dos anos 1990 como Supercrentes e Evangélicos em Crise do teólogo Paulo Romeiro ou internacionais como Como Ser Cristão sem Ser Religioso de Fritz Ridenour e O Evangelho Maltrapilho, de Brennan Menning. “É um discurso bastante antigo. O que parece que aconteceu recentemente é que a sociedade se fartou dos escândalos e passou a dar ouvidos a quem já levantava essas questões há muito tempo.”
Fleischner lembra que em 1993, ano de lançamento do livro Supercrentes, a editora foi muito criticada por líderes e por fiéis escandalizados com o texto que afrontava, nominalmente, alguns dos principais nomes da teologia da prosperidade e da confissão positiva como Valnice Milhomens (futura fundadora da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo), Edir Macedo, Estevam Hernandes etc. “A posição mais comum na época era não expor as pessoas, não julgar, tratar internamente”, diz o editor. “Mas hoje há uma necessidade muito maior de registrar que esses evangélicos que estão na mídia não representam e nem se parecem com a totalidade do povo evangélico brasileiro.”
O pastor Ed René Kivitz distingue a crítica interna dos evangélicos da cobertura que a mídia tradicional faz dos escândalos envolvendo os líderes evangélicos. “Já existe uma voz criticando essa igreja que está na mídia como um fenômeno social, cultural e religioso. Para fazer essa crítica não requer bagagem teórica ou histórica. Nem muita inteligência, basta ter um pouco de bom senso. Essa crítica o CQC já faz, porque essa igreja é mesmo um escracho”, afirma. “Eu faço uma crítica diferente, teórica, como pastor. É uma crítica visceral, passional, existencial, porque antes de ser um ‘profissional da religião’, eu sou evangélico. E não sou isso que está na televisão, nas páginas policiais. A gente fica sem dormir, a gente sofre e chora esse fenômeno religioso que pretende ser rotulado de cristianismo.”
Como efeito, diversos pontos comuns entre as diversas correntes evangélicas começaram rapidamente a ser questionados. A relação entre pastores e membros é cada vez mais horizontal, com abertura para diálogo e constante avaliação. As decisões estão cada vez mais nas mãos da própria comunidade, sem espaço para ingerências de uma “sé” ou de um “ungido de Deus”. Os grupos de reunião nas casas são o coração das novas igrejas, encerrando uma era de catedrais evangélicas imponentes e de “cultos-show” superproduzidos. Trabalhos, ministérios e eventos entre diferentes denominações tornam-se cada vez mais comuns. Músicas ligadas à chamada “teologia triunfalista” (arraigada em temas do Antigo Testamento como vitória, vingança, peleja, unção, guerra e maldições) passam a ser entendidas como próprias do judaísmo, e não do cristianismo. Até o vocabulário muda: termos como “culto” começam a ser substituídos por “celebração”, “encontro” ou “reunião” e até o desgastado termo “evangélico” começa a ser substituído pelo mais radical “cristão”.
“Os neopentecostais é que não deveriam ser chamados de evangélicos”, diz o bispo anglicano Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife. “Eles é que não têm laços históricos, teológicos ou éticos com os evangélicos. Prefiro chama-los de seitas paraprotestantes.”
Meia-dúzia – O sociólogo Ricardo Mariano, um dos maiores estudiosos do fenômeno evangélico nacional e autor do livro Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil vê com naturalidade o embate entre neopentecostais e as lideranças críticas. “Desde que o neopentecostalismo ganhou força no Brasil que os pastores históricos partiram para a desqualificação”, diz. “Mas não há nenhum órgão que regule o que é ou não uma legítima igreja evangélica, logo ninguém tem autoridade falar em nome de todos os evangélicos”. Mariano acredita que uma das chaves para entender essa cisão é a formação cultural dos crentes. “Essas comunidades progressistas são direcionadas ao público classe média, letrado. É um público que colocou os pés numa universidade, lê jornais e revistas e tem capacidade muito maior de formar e sustentar opiniões próprias. Evidentemente, com quem pesquisa e questiona, não dá para existir essa história de ‘não pode assistir televisão porque a Bíblia não quer’. É um fenômeno do espalhamento da informação. Vivemos uma época em que o doente pesquisa na Internet antes de ir ao consultório e é capaz de discutir com o médico, questionar o professor. Em uma época assim, o pastor não impõe nada, ele joga para a consciência do fiel.”
O diretor-geral da editora Mundo Cristão, Mark Carpenter, vê o crescimento do nível educacional e econômico do brasileiro como um fator determinante do novo perfil evangélico. “É muito difícil que alguém com formação universitária, com senso crítico, consiga se sentir confortável em uma igreja em que um pastor muitas vezes leu menos do que ele e ainda tenta mante-lo em um cabresto cultural.” Isso explica que as inquietações religiosas pós-modernas sejam mais claras em capitais mais avançadas econômica e culturalmente. “Eu falo para um auditório formado quase que totalmente por gente com formação universitária, em uma cidade como São Paulo”, diz Ed René Kivitz. “São pessoas que não querem dogmas, querem honestidade. As dúvidas deles são as minhas dúvidas. Minha postura com eles é a de que juntos talvez possamos encontrar algumas respostas satisfatórias às nossas inquietações. Talvez eu não tivesse essa mesma postura se estivesse servindo a alguma comunidade em um rincão do interior.”
Embora essa circunstancia de crescimento da classe média seja suficiente para a circulação de ideias e para o crescimento das próprias comunidades, Ricardo Mariano não vê termo de comparação entre a força atrativa dessas igrejas com a dos pentecostais e neo-pentecostais. “O destino desses líderes vai ser o de ‘pescar no aquário’, atraindo insatisfeitos vindos de outras igrejas, ou continuar falando para meia-dúzia de pessoas”. O presbiteriano Ricardo Gouveia rebate dizendo que “não há, ou não deveria haver, preocupação mercadológica” entre as igrejas históricas. “Não se trata de um produto a oferecer que precise ocupar espaço no mercado”, ele diz. “Nossa preocupação é simplesmente anunciar o evangelho, e não tentar ‘melhorá-lo’ ou fazê-lo mais interessante ou vendável.”
Multimídia – Com o advento da internet, o trânsito de ideias tornou-se definitivamente incontrolável. Hoje, pastores, seminaristas, músicos, líderes e leigos mantêm sites, portais, comunidades e blogs em que trocam experiências, estudos em pdf e mensagens em mp3. Um vídeo transmitido pela Igreja Universal em Portugal divulgando o “Contrato da Fé” (um “documento” “autenticado” pelos pastores prometendo ao fiel a possibilidade de se “associar com Deus e ter de Deus os benefícios” e “herdar o que é seu por direito”) grassou a rede angariando toda sorte de comentários. Uma cópia scaneada da sentença do juiz federal Fausto De Sancti culpando Estevam e Sônia Hernandes por evasão de divisas foi amplamente distribuída no final de 2009, especialmente por conta das considerações do juiz, alegando “nítida contradição entre aquilo que fazem e dizem” e que o casal “não se lastreia na preservação de valores de ética ou correção, apesar de professarem o evangelho”. Outro vídeo, com o pregador americano Moris Cerullo no programa do famoso assembleiano Silas Malafaia prometendo uma “unção financeira dos últimos dias” em troca de quem “semear” um “compromisso” de R$ 900 também bombou na rede.
“A internet forma comunidades, no sentido tecnológico mas no sentido teológico também”, diz o editor Renato Fleischner. “São pessoas em volta de ideias semelhantes, com ideais comuns, ainda que não pensando necessariamente da mesma forma. A circulação de palestras, sermões, pdfs, links e vídeos dificulta o aprisionamento do pensamento.” Um dos livros mais polêmicos da Mundo Cristão é A Bacia das Almas, reunindo os melhores posts originalmente publicados no blog homônimo do ilustrador Paulo Brabo com o provocativo subtítulo de “Confissões de um ex-dependente de igreja”. Outros sites, como Pavablog, Veshame Gospel, Irmãos.com.Br, Púlpito Cristão, Cristianismo Criativo fazem circular vídeos, palestras e sermões e debatem doutrinas e notícias com alto nível de ousadia e autocrítica.
De um grupo de blogueiros, por exemplo, surgiu a ideia da “Marcha pela ética”, um protesto que ocorre há dois anos dentro da Marcha para Jesus de São Paulo (evento organizado pelo casal Hernandes, da Renascer). Vestidos de preto, jovens carregam faixas com textos bíblicos e frases como “o $how tem que parar”, “voltemos ao evangelho puro e simples” e “Jesus não está aqui, ele está nas favelas”.
Uma característica comum a todos esses blogs é que assuntos como teologia, política, sociologia, ética, família, direitos humanos, televisão, cinema e MPB se misturam com a mesma naturalidade. Esse trânsito entre o “secular” e o “santo” é uma das características mais marcantes dessa geração. “Os líderes tradicionais diante de toda confusão emergente, normalmente optam pelo ensimesmamento, pelo ostracismo”, diz Ricardo Agreste. “Nós ousamos entrar em diálogo com a cultura e com os ícones e pensamento da cultura, assistir a outros filmes, ler outros autores, ouvir pessoas e refletir sobre tudo isso. Porque acreditamos que a espiritualidade cristã tem a missão de resgatar a pessoa como ser relacional, que vive em sociedade, e faze-la interagir e transformar a sociedade.”
O raciocínio anti-sectário se espalhou para a música, por exemplo. Nomes como Palavrantiga, Crombie, Tanlan, Eduardo Mano, Helvio Sodré e Lucas Souza se definem como “música feita por cristãos” e não mais “gospel”, rompendo os limites entre “mercado” evangélico e pop. Em São Paulo, o capelão Valter Revara criou o Instituto Gênesis 1.28, uma organização que ministra diversos cursos, seminários e eventos de conscientização ambiental em igrejas e, em mão oposta, ambiciona levar os valores cristãos de conservação em escolas e centros comunitários. “No fundo é a mesma proposta de materializar o amor ao próximo no dia-a-dia, de ser ‘sal da terra’ que marcou boa parte das sociedades protestantes”, afirma Ravara. “Nós não jogamos papel no chão, nós temos consciência social, porque a função da igreja é ‘contaminar’ quem está a nossa volta, ser ‘sal da terra’, como Jesus mandou.” Ravara publicou em 2008 a Bíblia Verde, com laminação biodegradável, verniz à base de água, papel de reflorestamento e encarte com devocionais sobre ecologia e sustentabilidade. Agora prepara a primeira Bíblia de estudo direcionada para questões ambientais.
O anglicano Robinson Cavalcanti afirma que um dos aspectos que mais o seduziu no protestantismo, durante sua conversão na década de 1950, era justamente sua luta por uma sociedade utópica. “Desde a abolição da escravatura, apoio à proclamação da República, luta pelas escolas mistas, luta pela reforma constituinte”. “A alienação dos evangélicos brasileiros é coisa muito mais recente, desde quando a suposta hegemonia passou para os pentecostais e neo-pentecostais e começou essa história de ‘crente não se mete em política’.” A candidatura de Marina Silva à presidência da república, que angariou simpatia de blogueiros e twitteiros, mas não o apoio de sua própria igreja (a Assembléia de Deus, que declarou apoio a José Serra) é visto como um marco da nova inserção política desses novos evangélicos. “Políticos cristãos devem tentar criar um modelo de pensamento político ou de contribuição social que expresse o Reino de Deus dentro da política”, afirma Carlos Bezerra Jr, líder do PSDB na câmera dos vereadores de São Paulo. “É o oposto do modelo tradicional, das candidaturas oficiais que sustentam impérios eclesiásticos, e das ‘bancadas evangélicas’ no Congresso, de gente que está na política apenas para defender sua própria denominação ou conseguir facilidades para ela.”
Nesse ponto, os novos evangélicos – especialmente aqueles ligados ao movimento conhecido como “missão integral” – se aproximam da práxis desenhada há mais de 30 anos pelo catolicismo como Teologia da Libertação. “Foram eles que nos ensinaram a fazer teologia não a partir de conceitos, mas a partir da realidade do nosso tempo”, diz Gondim, cuja tese de mestrado em Ciências da Religião foi justamente Missão Integral: Em busca de uma identidade evangélica. Os líderes simpatizantes dessa corrente têm se empenhado em ações sociais diversas que vão desde parecerias com ONGs até trabalhos junto a viciados no centro da cidade, passando por campanhas mobilizando os fiéis. “No fundo, nossa proposta é a mesma dos reformadores”, diz o presbiteriano Ricardo Gouveia. “É perceber o cristianismo como algo feito para ser vivido na vida cotidiana, e não dentro das quatro paredes de uma igreja. Deus é adorado por meio do nosso trabalho, da nossa cidadania e pela ética com que vivemos nossa vida.”
Ao citar os reformadores, Gouveia talvez dê a dica das reais dimensões do movimento empreendido por esses homens, mulheres, blogueiros, pastores, teólogos. É uma versão brasileiramente mais modesta do que a Igreja Católica viveu no século 16 com a reforma protestante, só que, desta vez, direcionada para as entranhas da igreja protestante. Cansados das indulgências, da corrupção e do descrédito crescente, pessoas de dentro da própria estrutura levantaram-se para propor uma nova forma de enxergarem o mundo e serem enxergados por ele. “Marx e Freud nos convenceram de que se alguém tem fé, então só pode ser um alienado, um estúpido infantil que espera que um Papai do Céu possa lhe suprir as carências de segurança”, diz o pastor Ed René Kivitz. “Pois hoje nós queremos dizer que o cristianismo tem espaço na sociedade, e um espaço de inserir-se e contribuir como uma das forças de construção de uma alternativa para o modelo de civilização da era moderna. Vivemos um terceiro momento, depois de uma ideia de religião como um gueto, ensimesmada, na ostra, e depois de uma religião como questão de foro íntimo, sincrética. Nossa defesa é do cristianismo como um projeto coletivo, uma das forças para construir uma sociedade que todo mundo espera, não apenas os cristãos.”
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
PMDB-RJ confiante em presidência de Paulo Melo na Alerj 2011
O pessoal do PMDB já dá como certa a cadeira de presidente da Alerj à Paulo Melo (PMDB). Se o PDT de Wagner Montes não disputar a vaga, realmente acho que a presidência da Alerj está nas mãos do PMDB. Mesmo conquistando o posto mais importante da Alerj dessa vez o PMDB enfrentará uma oposição maior e mais forte, principalmente do PR de Garotinho fez 9 deputados estaduais.
Arqueólogos sugerem como Jesus foi crucificado
Arqueólogos sugerem como Jesus foi crucificado
Segundo estudos e pesquisas Cristo estaria sentado na cruz com as pernas flexionadas, sem uma coroa de espinhos e nu!
Não é exagero afirmar que a cruz é o alicerce do cristianismo. Instrumento dantesco na mão dos romanos, utilizado como pena capital contra escravos e revoltosos, ela ganhou contornos de altruísmo por volta das 15h da Sexta-feira da Paixão do ano 30, quando Jesus de Nazaré teria morrido pendurado em duas estacas de oliveiras nodosas em forma de “t”. Seus discípulos não estariam ao pé do calvário. Mas as primeiras linhas escritas pelos quatro evangelistas para perpetuar os ensinamentos desse homem que cresceu na Galileia relatavam justamente os episódios de sua Paixão e morte.
Não é de se estranhar, portanto, que, quase dois mil anos depois, a iconografia símbolo do cristianismo esteja apoiada na figura de um Jesus magro e frágil, com barba, pouca roupa, coroa de espinhos e preso a uma cruz pelas palmas das mãos e peitos dos pés. Mas essa imagem de Cristo no ato de seu suplício estaria fiel à história? “Não”, opina o especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém Rodrigo Pereira da Silva. “Acredito na hipótese de que Jesus tenha sido crucificado sentado, apoiado em uma madeira que existia na cruz abaixo de seu quadril, com as pernas dobradas para a direita, nu e sem a coroa de espinhos”, diz.
Professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Silva faz essa afirmação baseado, principalmente, em pistas deixadas pelos textos bíblicos e pela literatura romana. O acesso a especulações sobre a real posição de Jesus na cruz (leia quadro) tem sido cada vez mais possível graças a algumas obras escritas por especialistas em religião do Oriente Médio. Lançadas recentemente, elas trazem a discussão em torno dessa questão, difundida no meio acadêmico, para perto do grande público.
Em “Os Últimos Dias de Jesus – a Evidência Arqueológica” (Ed. Landscape), o arqueólogo Shimon Gibson, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), escreve que, “para prolongar a agonia e o momento da morte, os romanos posicionavam a vítima em uma espécie de assento de madeira, ou suporte de forquilha, na metade inferior da cruz”. Havia um motivo. Sem essa espécie de apoio, o corpo tombaria e a morte por asfixia ocorreria mais rapidamente. A intenção, portanto, era dar à vítima a possibilidade de ela respirar para que tivesse uma sobrevida e sofresse por mais tempo antes da morte.
“A pessoa morre mais lentamente por asfixia dolorosa, porque os músculos do diafragma vão parando de funcionar até que ela deixe de respirar”, explica John Dominic Crossan, professor de estudos bíblicos da Universidade DePaul (EUA), no livro “Em Busca de Jesus” (Ed. Paulinas). Esse tipo de assento é descrito, ainda, pelo historiador espanhol Joaquín Gonzalez Echegaray, do Instituto Bíblico e Arqueo lógico de Jerusalém, em “Arqueología y Evangelios” (Ed. Verbo Divino), como uma espécie de “conforto” com objetivo cruel.
Detalhes de como os braços e as pernas de Cristo foram posicionados não são fornecidos pelos evangelistas. “Os soldados romanos, que teriam o que falar, não tinham interesse. E os discípulos, que deveriam escrever, não tinham os dados”, diz Pedro Lima Vasconcellos, professor de pós-graduação de ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As pistas, então, são fornecidas pela ciência.
Em 1968, uma ossada de um homem que viveu no século I foi encontrada em Jerusalém. Sua cartilagem próxima ao calcanhar direito apresentava um prego de ferro de 11,5 cm de comprimento preso a uma madeira. É a única vítima de crucificação descoberta por arqueólogos até hoje. “Se trabalharmos com a hipótese de que um único prego estaria atravessando os dois pés, pela forma como a ossada foi encontrada, as pernas estariam flexionadas para a direita”, diz Silva, da Unasp. Segundo o historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que há de histórico no relato da Paixão de Cristo são a prisão e a crucificação. “O que ocorreu no meio e depois são relatos teológicos que passam pelo exercício da fé”, diz ele. “Se ele morreu pregado ou amarrado, estendido ou sentado são detalhes para aumentar ou diminuir a dramaticidade.”
Milhares de crucificações foram patrocinadas pelos romanos. A de Jesus foi a única que se perpetuou. Como pode um herói morrer de uma forma tão humilhante e seu nome viajar por gerações? Para a ciência, ele ainda é um quebra-cabeça com muitas peças desaparecidas. Mas não há mistério em um ponto: ele deu novo significado à cruz, hoje objeto de salvação e conforto espiritual, não de tormento.
Cristo na cruz
Com base em descobertas arqueológicas, escritos dos evangelistas e na literatura romana, especialistas sugerem como Jesus teria passado as últimas três horas de vida na Terra.
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Publicado por Elias Alves - Fonte: Isto é via ogalileo
UM DIA DE MERDA
Luiz Fernando Veríssimo
As melhores frases do BOB MARLEY!
"Supere os demônios com uma coisa chamada amor."
"Deus me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão."
"Um povo sem conhecimento, ciência de seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes."
"Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem. Eu me preocupo só com as coisas certas."
"Há pessoas que amam o poder e outras que tem o poder de amar."
"Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão."
"Só erra quem produz. Mas, só produz quem não tem medo de errar."
"Às vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas...o tempo passa e descobrimos que grandes mesmo eram nossos sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais."
"O dificil não é lutar por aquilo que mais se quer, e sim, desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti, mas nao por medo de lutar, e sim por nao ter mais condiçoes de sofrer!"