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sábado, 16 de abril de 2011

O conflito existencial dos editores de O Globo. Pensam que leitores são trouxas



Reprodução do jornal O Globo
Reprodução do jornal O Globo


O editorialista de O Globo, Luiz Garcia que expressa a opinião oficial da família Marinho não estava num dia inspirado. As Organizações Globo fazem de tudo, o possível e até o impossível, para proteger Cabral e me atacar. Mas desta vez caíram do bonde e se estatelaram no chão.

Ora, o editorial começa fazendo justiça com Rosinha. Diz que em dezembro de 2006, no último mês de Rosinha como governadora, as comunidades da cidade do Rio dominadas pelas milícias não passavam de 1%. Quatro anos depois, em novembro de 2010 as milícias já controlavam 40% das comunidades. Ou seja, uma expansão descomunal, aumentou em 40 vezes o número de territórios conquistados pelas milícias. Isso é fato e até O Globo reconhece.

Mas estranhamente na continuação do texto Rosinha é acusada de não combater as milícias e Sérgio Cabral enaltecido por adotar “posição oposta à de Rosinha”. Mas como assim se no foi no governo Cabral que as milícias prosperaram? Devem continuar achando que os leitores são verdadeiros idiotas.

Acham que como foram feitas cinco ou seis de prisões de milicianos podem enganar as pessoas e dizer que Cabral enfrenta as milícias. Mais milicianos têm sido presos é verdade. Mas isso é a lei do mercado. Se há mais milicianos, agora são 40% de comunidades dominadas, contra 1% na época de Rosinha, é claro que vai aumentar o número de prisões. Mas isso não significa que está se combatendo as milícias. A maior prova é que hoje as milícias já controlam mais áreas que o Comando Vermelho.

Aliás, outra curiosidade no artigo-editorial. É dito no texto que o ex-prefeito Cesar Maia considerava as milícias “um mal menor que o tráfico”, mas estranhamente esquecem que o grande defensor das milícias sempre foi Eduardo Paes, que sequer é citado. Aliás, para quem não lembra reproduzo abaixo o trecho da entrevista de Paes ao RJ TV, na sua campanha eleitoral, e vejam a solução que o hoje prefeito, defendia para o Estado retomar territórios do tráfico. Para ele a solução eram as polícias mineiras, as milícias.

Por ironia Paes cita como exemplo de tranqüilidade devolvida aos moradores, o morro São José Operário, na Praça Seca, justamente uma das comunidades que o vereador Deco é acusado de comandar e de praticar todo o tipo de crimes. Haja tranqüilidade!

A verdade é que O Globo quer defender uns e atacar outros ao seu bel prazer, mas os fatos, a realidade, confrontam e jogam por terra as versões e argumentos pífios. 

É como disse Garotinho, tão pensando que os leitores são um bando de trouxa. Qualquer um que saiba interpretar vai ler a primeira parte do texto e ver que não condiz com o que vem a seguir. Para fazer a cabeça de seus leitores eles apelam até para a confusão mental.

2 comentários:

Anônimo disse...

As melicias se formam sozinhas, Cabral não tem nada com isso.

Anônimo disse...

As milícias se formam sozinhas como a bandidagem do tráfico tbm se forma. Ora bolas, como Cabral não tem nada com isso, os números falam por si só, me poupe.