O último exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), aplicado nos
meses de julho e agosto deste ano, reprovou 85,14% dos bacharéis de
direito que fizeram a prova, de acordo com o secretário-geral da
instituição, Marcos Vinicius Furtado Coelho.
O resultado final mostra que apenas 18 mil dos 121.309 inscritos na primeira fase do exame (14,85%) conseguiram ser aprovados.
Apesar do pequeno número de convocados, a quantidade dos que passaram na
prova subiu em relação a dezembro de 2010, data da penúltima aplicação
do exame da OAB.
Em 2010, somente 11 mil dos 116 mil inscritos (9,74%) foram considerados aptos pela OAB para exercer a profissão.
A porcentagem de aprovados do exame da Ordem deste ano pode aumentar,
pois os candidatos costumam pedir recurso no processo seletivo - o
número divulgado pela OAB não contabiliza os recursos.
No entanto, a quantidade de bacharéis que apelam não deve alterar muito o
resultado preliminar, de acordo com o secretário-geral da OAB.
Histórico
A baixa aprovação no exame de 2010 gerou polêmica entre estudantes e
entidades. A Justiça Federal chegou a determinar a inconstitucionalidade
do exame para o exercício da profissão de advogado.
A liminar havia sido concedida pelo desembargador Vladimir Souza
Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF-5), cujo filho
foi reprovado por quatro vezes no exame entre 2008 e 2009.
A decisão beneficiava apenas Francisco Cleuton Maciel e Everardo Lima de
Alencar, mas abria brecha para novas ações no mesmo sentido. No
entanto, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cezar
Peluso, cassou a decisão.
As procuradorias do Distrito Federal, de São Paulo, de Uberlândia e do
Rio de Janeiro fizeram questionamentos à OAB sobre a prova. Os
procuradores desses locais já abriram investigação sobre supostos
problemas no exame, mas não confirmam se também irão entrar com ação
judicial.
A Mosca Azul
Nenhum comentário:
Postar um comentário