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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dilma diz que salário-mínimo deve passar de R$ 600 já no ano que vem

BRASÍLIA - A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou que o salário mínimo deve superar os R$ 600 já em 2011. Embora tenha declarado que pessoalmente é contrária à recriação da CPMF, o imposto que era utilizado para custear parte da saúde, Dilma deixou uma porta aberta para isso. A presidente eleita se reuniu nesta quarta-feira com o presidente Lula e , depois, concedeu, a primeira entrevista coletiva após a eleição.



- Não pretendo enviar um projeto recriando a CPMF - afirmou. - Mas tenho visto uma mobilização de governadores nessa direção - observou.

De acordo com Dilma, novas fontes de recursos para a saúde são importantes sobretudo para os estados e municípios. No entanto, ela se diz preocupada com a criação de novos impostos.


- Eu tenho muita preocupação com a criação de impostos. Preferia outros mecanismos, mas tenho visto uma pressão dos governadores. É necessário que se abra um processo de discussão com eles.
Dilma disse ainda que não está "maduro" o processo para a indicação do primeiro escalão do seu governo. E fez questão de ressaltar que os ministros tenham vínculos fortes com o Brasil e com a política que defende. Segundo Dilma, as áreas de saúde e segurança terão sua "integral atenção".

Dilma também garantiu que não vai tratar o MST como uma caso de polícia, mas que não compactua com invasões de prédios públicos e propriedades produtivas.- Eu vou exigir competência técnica e um histórico de pessoas que não tenham problema de nenhuma ordem. Também considero importante o critério político - afirmou Dilma.

- Eu considero que temos terras suficientes para continuar fazendo reforma agrária -, disse Dilma a jornalistas.


Entre os planos de presidente, Dilma pretende ter uma boa relação com os governadores da situação e da oposição. Ela citou que ficou "muito contente" ao receber uma ligação do governador eleito em São Paulo, Geraldo Alckmim (PSDB). Segundo ela, o tucano apresentou o que considera "a forma correta de relacionamento, de alto nível".


Sobre a votação que ainda falta para completar o marco regulatório do pré-sal, Dilma disse que não poderia se manifestar no momento, sob o risco de "atravessar" as negociações no Congresso e a posição do atual governo.


A presidente eleita segue ainda nesta quarta, para Porto Alegre, onde vai descansar até domingo. Na segunda-feira, ela viaja com Lula para Moçambique e, de lá, para Seul, onde participará da reunião do G-20.


Fonte: O Globo

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