A bola fora de Somália não é apenas um comunicado falso de crime que gerou constrangimento ao jogador. Ao informar um caso que não aconteceu, ele cometeu crime contra a administração pública, lesando o estado em pelo menos R$ 3.466, só com a mão-de-obra dos policiais, da delegada e da perícia, sem contar o combustível gasto por três viaturas, despesas com papel e tinta de impressora e o tempo desperdiçado da polícia. “Uma pessoa não pode vir à delegacia, mobilizar agentes para um crime que não ocorreu e não ser punida. Ele brincou com o dinheiro do estado. É o imposto que eu e a sociedade pagamos”, opinou a delegada Juliana Domingues.
Durante dois dias, seis agentes e a delegada trabalharam apenas neste caso. Por dia, cada policial custa ao Estado R$ 116 e a delegada, R$ 400. Para refazer o falso percurso que o jogador teria feito, por duas horas, sob a mira de um revólver, foram mobilizados duas viaturas e seis policiais. Em uma hora, cada carro havia percorrido cerca de 100 quilômetros por ruas do Recreio e da Barra.
Enquanto isso, dois peritos do Instituto Félix Pacheco se deslocaram do Centro até a Barra — 19 quilômetros — para fazer uma varredura no carro do jogador. Utilizando material importado, que custa R$ 800, eles tentaram, em vão, encontrar digitais do suposto bandido.
Ricardo Gama
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