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sábado, 12 de novembro de 2011

Traficante Nem diz que metade do seu faturamento ia para policiais

O traficante Nem é um arquivo vivo, ele sabe muito, financiou políticos, presidentes de associações e maus policiais.
Mas é FUNDAMENTAL que a POLÍCIA FEDERAL cuide para que o Nem não seja "suicidado", e possa contar tudo o que sabe.

O comentário dessa e de outras matérias você poderá ver ao vivo no blog às 22:30 horas, ou no meu canal no youtube (clique aqui).
Reprodução da capa do jornal O Globo




Reprodução do jornal O Globo on line


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RIO - Num longo depoimento na sede da Polícia Federal na madrugada de quinta-feira, acompanhado por um grupo restrito de policiais federais, 
o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, preso na quarta-feira na Lagoa , afirmou que metade de tudo que faturava com a venda de drogas era entregue a policiais civis e militares da banda podre. A propina gorda seria entregue a numerosos agentes públicos. O traficante deu detalhes, inclusive datas, de casos de extorsão. Ainda no depoimento, o criminoso afirmou que, devido às constantes extorsões, em alguns períodos seu faturamento era zero. Segundo algumas estimativas da Polícia Civil, não confirmadas no depoimento, o bandido faturava mais de R$ 100 milhões por ano.
- Metade do dinheiro que eu ganhava era para o "arrego" (gíria para propina) - afirmou Nem.

O bandido contou no depoimento que uma parte do seu lucro com a venda de drogas era gasta em assistencialismo na Rocinha, com pagamento de enterros, fornecimento de cestas básicas, compra de remédios e realização de obras. 
 
- Quando me pediam, eu comprava tijolos e financiava a construção de casas na comunidade - disse. 

PF diz que monitora outros traficantes
O delegado Victor Hugo Poubel, coordenador da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da PF, garantiu que as informações passadas pelo bandido serão investigadas em inquérito. Poubel afirmou também que outras prisões podem ocorrer nos próximos dias e que a PF tem acompanhado a movimentação dos bandidos do Rio, em especial os da Rocinha

- Nossos policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estão monitorando a movimentação de bandidos que porventura tentem fugir da Favela da Rocinha. Estamos trabalhando intensamente, com apoio da Secretaria de Segurança, numa troca constante de dados de inteligência - afirmou Poubel

COLABOROU Elenilce Bottari

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