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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cabral: o Nero fluminense





A passagem do governador Sérgio Cabral por Brasília, ontem, incendiou o Congresso. Raras vezes se assistiu a um desequilíbrio tão grande da parte de um governador. Enfurecido (como mostra a foto de O GLOBO), gritando, fazendo ameaças a parlamentares e governadores, não é de se estranhar que no final do dia, o saldo para o Rio de Janeiro tenha sido trágico.

Cabral, como antecipei no fim-de-semana, não negociou o pré-sal, foi o último dos governadores a entrar em campo nessa disputa. Como era de se esperar, em meio a tantos interesses econômicos, os governadores e as bancadas dos demais estados se articularam. Ontem, dia da votação do pré-sal, Cabral irrompeu como um furacão em Brasília querendo que a sua opinião prevalecesse. Como disse anteriormente foi a crônica de uma derrota anunciada.

Ao fim das reuniões no Congresso, quando viu que estava derrotado, Cabral que já vinha mostrando desequilíbrio durante a reunião com o presidente da Câmara, Michel Temer exasperou-se.

Cabral declarou guerra ao Nordeste. Fez ameaças ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, anunciou que vai reunir a bancada do Rio para questionar o fundo do Nordeste, a Zona Franca de Manaus e outras questões que beneficiam outros estados. Ou seja: anunciou que o Rio vai para a guerra com os outros estados da federação. É claro que duvido, que os parlamentares fluminenses se disponham a uma guerra fratricida contra os demais estados, apenas para atender ao espírito revanchista do governador Sérgio Cabral.

Cabral diz que o Rio foi roubado. Foi mesmo. Mas se ele tivesse feito a sua parte e negociado com outros governadores, sentado para dialogar, chamado parlamentares para conversar, o prejuízo do Rio com certeza seria bem menor. Faltou habilidade e bom senso.

Por conta dos desvarios de Cabral, o Rio sofre agora um prejuízo ainda maior, do que as perdas do pré-sal. Leiam abaixo, o trecho da reportagem de O GLOBO que mostra a preocupação de Lula com a atuação de Cabral. O Palácio do Planalto avalia que as bancadas de outros estados podem se rebelar contra o Rio e aí certamente outros interesses fluminenses podem sair chamuscados. Serão todos contra o Rio.





Foi deplorável o comportamento do governador Sérgio Cabral. Foi decepcionante para o Rio de Janeiro. Porém, Cabral, igual a Nero vendo Roma pegando fogo e tocando harpa, incendiou Brasília, mas hoje embarca para uma temporada de compras e turismo em Nova Iorque. Amanhã, estará na Broadway assistindo um musical enquanto por aqui “o circo pega fogo”.

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