Ururau
Vista aérea de Campos dos Goytacazes
Campos surpreende com maior saldo líquido de postos de trabalho do que Macaé nos primeiros oito meses do ano; economista da Uenf ressalta peso do setor sucroalcooleiro. Embora o município de Macaé venha sendo a "locomotiva" da geração de empregos no Norte Fluminense nos últimos anos, os dados relativos aos primeiros oito meses de 2009 indicam que Campos teve saldo líquido maior na geração de postos de trabalho.
De janeiro a agosto, Campos superou Macaé em 820% na criação de empregos, segundo análise do economista Alcimar das Chagas Ribeiro, pesquisador do Laboratório de Engenharia de Produção da Uenf, que compilou dados do Ministério do Trabalho e do Emprego. Foram 2.990 novos empregos em Campos contra apenas 325 em Macaé.
Na distribuição por setores de atividade, o comércio de Campos foi responsável por 37% do saldo gerado, enquanto os serviços ficaram com 22%, a indústria com 21%, a construção civil com 14% e a agropecuária com 5%. Segundo Alcimar, nos três primeiros meses do ano, os resultados em Campos ainda eram negativos, mas com o início das atividades do setor sucroalcooleiro os saldos começaram a subir, contribuindo para o aumento do número de empregos.
“Com a moagem somada a outras atividades econômicas, foi gerado em Campos um total parcial de 2.990 empregos até agosto”, avalia.
Macaé, que nos últimos três anos foi responsável pela maior parte de geração de empregos da Região Norte Fluminense (chegando a criar no ano passado um total de 10.013 empregos líquidos), vem enfrentando dificuldades para manter o ritmo. Independentemente do efeito da sazonalidade da cana sobre o resultado parcial de Campos e sem levar em conta o perfil das vagas geradas ou perdidas, para o pesquisador da Uenf a desaceleração em Macaé estaria atrelada à crise financeira internacional que afetou muitas empresas multinacionais do ramo do petróleo e gás.
- Muitas empresas prestadoras de serviço têm sido obrigadas a encerrar seus contratos com as plataformas, diminuindo o quadro de funcionários. Além disso, a Petrobras vem exigindo que essas empresas qualifiquem seus funcionários, melhorando a qualidade da mão de obra. Esta exigência elimina muita dessas empresas do mercado, impactando o processo de geração de emprego.
Em 2006, o saldo positivo na geração de empregos em Campos foi de 2.341, enquanto em Macaé foi 7.786. Em 2007, Campos teve resultado negativo (menos 2.590 empregos), enquanto Macaé teve saldo positivo de quase 6.800. E no ano passado o placar foi de quase 2 mil em Campos e mais de 10 mil em Macaé.
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