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quinta-feira, 27 de maio de 2010

COPA DO MUNDO DE 1986

Argentina conquista o bi-campeonato

FIFA
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Seria a última Copa de Zico, Falcão, Junior, Sócrates, Reinaldo, Leandro e Toninho Cerezo
A Copa do Mundo FIFA de 1986 foi a 13ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 24 países divididos em seis grupos de quatro. 113 países participaram das eliminatórias.

A Copa de 1986 seria disputada na Colômbia. Porém, os graves problemas econômicos deste país impediram os colombianos de serem os anfitriões do torneio. A FIFA ofereceu a Copa para o Brasil, mas o Governo de José Sarney recusou. Então a Copa foi aceita pelo México, que foi escolhido para sediar o mundial mais uma vez. Nem mesmo os terremotos um ano antes do mundial colocaram em risco a realização da copa.

Foi uma Copa na qual o grande nome foi sem dúvida Diego Armando Maradona. Após o vexame de 1982, a Argentina vinha com um time renovado. Maradona, Jorge Valdano, Jorge Burruchaga e Nery Pumpido foram nomes de uma equipe que se deu ao luxo de abrir mão da titularidade de Daniel Passarella. Já o Brasil, na primeira fase, ganhou da Espanha por 1 a 0, que deveria ter sido empate com um gol de Michel, que o juiz não viu (a bola bateu na trave e após a linha), 1 a 0 na Argélia, 3 a 0 na Irlanda do Norte (com um golaço de Josimar) e 4 a 0 na Polônia com outro lindo gol de Josimar. O Brasil, com uma defesa mais consistente do que em 1982, só levou um gol, justo no fatídico empate com a França pelas Quartas de Final, onde Zico, aos 30 do segundo tempo viu Joël Bats defender o penal que daria a classificação à seleção canarinho.

A Copa de 1986 também marcou a despedida da "geração Platini", e a França ficou com o 3º lugar, eliminada pela segunda vez consecutiva pela Alemanha e os principais jogadores de tão frustrados abriram mão de jogar pelo 3º posto contra a Bélgica. Mesmo assim, a França ganhou por 4 a 2. Os "Diabos Vermelhos" (a seleção belga) foram a grande surpresa da copa, pois eliminaram seleções favoritas como a URSS, nas oitavas por 4 a 3 num jogo sensacional, e a Espanha, que um jogo antes goleou a Dinamarca por inacreditáveis 5 a 1 com uma atuação espetacular de Emilio Butragueño, que fez quatro gols naquele jogo. A sensação da primeira fase foi a "Dinamáquina", que aplicou uma sonora goleada no Uruguai por 6 a 1, e venceu ainda a Alemanha, grande favorita, por 2 a 0 e caiu contra a Espanha nas Oitavas.

O Marrocos se classificou em um grupo que tinha Inglaterra, Polônia e Portugal e só foi eliminado nas Oitavas, contra a Alemanha, com um gol de falta de Lothar Matthäus no fim do jogo. A boa campanha marroquina confirmava o início de uma fase constante de boas participações de equipes africanas em Copas.

A Argentina, com o gênio Maradona, ganhou da Coréia do Sul na estréia por 3 a 1, empatou em seguida com a Itália, campeã mundial e grande decepção da copa, por 1 a 1, e consolidou o primeiro lugar com 2 a 0 na Bulgária. Nas oitavas ganhou por 1 a 0 do Uruguai, nas Quartas, 2 a 1 na Inglaterra, num dos jogos mais antológicos da história do futebol mundial. Maradona, literalmente, acabou com o jogo. Fez um gol de mão, e depois um dos mais belos gols de todos os tempos, onde passou por seis ingleses, incluindo o goleiro. Na semifinal, espantou a zebra belga por 2 a 0 com outro golaço do pibe de oro. Na final, Argentina e Alemanha Ocidental. A Argentina abre 2 a 0 com gols de José Luis Brown e Valdano, a Alemanha busca o resultado e empata com gols de Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler, mas, no final, num descuido de Matthäus, implacável marcador, Maradona acha Burruchaga e o lança na cara do gol: 3 a 2 para a Argentina. Desta vez, ao contrário de 1978, sem contestações.

Curiosidades

Três equipes faziam sua primeira participação em copas: Canadá, Dinamarca e Iraque.

No dia do embarque para o México, o lateral brasileiro Leandro desistiu de participar da Copa. Ele disse que a atitude era em solidariedade ao corte de seu companheiro, Renato Gaúcho, que havia saído da concentração sem permissão. Além disso, Leandro já não jogava mais no Flamengo como lateral direito, posição para qual Telê Santana o convocara, mas sim como zagueiro.

Telê "promoveu" o lateral Édson para titular e chamou o discreto Josimar, do Botafogo, para a reserva. Com Édson não correspondendo às expectativas, Telê lançou Josimar como titular no segundo jogo e o jogador acabou virando a grande sensação do Brasil na Copa, ao marcar dois golaços , na primeira fase contra a Irlanda do Norte e na segunda fase contra a Polônia, surpreendendo a todos.

Atolada em uma grave crise financeira e administrativa, a Jamaica não conseguiu pagar a taxa de afiliados à FIFA e foi impedida de participar das Eliminatórias.

No jogo entre Paraguai x Bélgica, o paraguaio Cayetano Ré (que jogou a Copa da Suécia) se tornou o primeiro treinador a ser expulso de uma partida de Copa do Mundo.

Embora tenha feito parte da criação da FIFA em 1904, a Dinamarca só conseguiu se classificar pela primeira vez para um mundial em 1986.

Na estréia do Brasil, contra a Espanha, o DJ do Estádio Jalisco tocou o Hino à bandeira do Brasil, em vez do Hino Nacional Brasileiro.

Estreante em copas, o Canadá passou despercebido no Mundial. Seus jogos serviram apenas para treinar os adversários na primeira fase, pois nas três partidas que disputou, perdeu todas e sequer balançou as redes. Sem tradição no futebol, o Canadá terminou em último lugar. O tecnico francês Henri Michel declarou: "Só os temeria se fosse um torneio de hóquei de gelo".

No mesmo grupo do Canadá, a seleção da Hungria tinha, no papel, uma boa equipe, mas na estréia jogou muito mal, e foi impiedosamente massacrada pela União Soviética por 6x0. No dia seguinte à derrota seu treinador convocou todos os jogadores numa sala dentro da concentração para assistir ao video-tape do jogo, para verificar onde a equipe tinha falhado. Após a reunião, o goleiro húngaro Peter Disztl disse aos jornalistas presentes: "Tomar 6 gols num só jogo é duro. Pior foi ter que assistir novamente esse jogo. Foi a experiência mais dolorosa da minha vida rever os gols que sofri."

Além de Telê Santana, outros dois treinadores brasileiros participaram da Copa, José Faria (treinador do Marrocos) e Evaristo de Macedo (treinador do Iraque), que substituiu o co-patriota Jorge Vieira, demitido meses antes da Copa. Evaristo era o treinador da equipe brasileira para as eliminatórias, mas acabou substituído por Telê meses antes deste torneio começar, em 1985.

O prêmio dos argentinos, campeões mundiais, foi de 50 mil dólares. Se ficassem com a taça, os brasileiros ficariam com 130 mil.

Foi no Mundial de 1986 que surgiram as primeiras moedas comemorativas à realização de um torneio. A idéia foi de uma igreja mexicana e tinha de um lado da moeda a imagem da Virgem de Guadalupe (Santa padroeira do país) e do outro lado um lance de jogo, estilizando as partidas que seriam disputadas no torneio.
Carlos Bilardo, técnico da Argentina, trabalhava como médico.

A data do jogo entre Brasil x França (21 de Junho) é histórica para ambas as equipes. Nesse dia, estavam se completando 16 anos da conquista do tricampeonato mundial do Brasil em 70, assim como também era o aniversário de 31 anos de Michel Platini, o maior jogador francês da época e o maior da história de seu país até o surgimento de Zidane, na copa de 1998. Na decisão por pênaltis, Platini deu um "presente de grego" para si mesmo: cobrou o pênalti para fora, mas, para sorte do craque, a França venceu.

O atacante dinamarquês Preben Elkjaer Larsen tinha um hábito incomum para jogadores de futebol, o vício pelo cigarro. O craque fumava cerca de 30 cigarros por dia.

A expulsão mais rápida das Copas foi a do uruguaio José Batista no jogo contra a Escócia. Ele recebeu o cartão vermelho aos 55 segundos do primeiro tempo.

Pela segunda vez consecutiva (1982-1986), a Seleção Brasileira conquistou o Troféu Fair Play (Jogo Limpo) oferecido pela FIFA à equipe mais disciplinada da competição.

Para viajar ao México, a seleção italiana exigiu da empresa aérea Alitalia a mesma tripulação que os levara a Espanha quatro anos antes. É que em 1982, a Itália tinha se sagrado campeã. Entretanto, a superstição não deu certo.

O treinador sérvio Bora Milutinovic participava de sua primeira copa treinando a equipe do país-sede. Ele se tornaria o técnico que mais participou de copas (5 consecutivas), pois ainda comandou a Costa Rica em Itália 90, os anfitriões de EUA 94, a Nigéria em França 98 e a China em Coréia do Sul/Japão 2002.
Antes do futebol, o atacante italiano Bruno Conti jogava baseball. Ele era tão bom que quase foi jogar profissionalmente nos EUA.

Quando o francês Bruno Bellone cobrou o pênalti para a França no jogo contra o Brasil, a bola bateu na trave, nas costas do goleiro Carlos e entrou. Os jogadores brasileiros pediram a anulação do gol, mas não sabiam que este lance era válido nas regras do futebol.

Quatro jogadores da seleção uruguaia jogavam no Brasil: o goleiro Rodolfo Rodríguez (Santos), o lateral Diogo (Palmeiras), o zagueiro Dario Pereyra (São Paulo) e o meia Rubén Paz (Internacional).

Preocupada com o Mal de Montezuma, que causa incontroláveis crise de estômago em estrangeiros no México, a delegação da Bélgica trouxe em sua bagagem 20 mil litros de água mineral e centenas de quilos de queijo holandês.

Ao marcar 6 gols na Copa de 86, o atacante Gary Lineker se tornou o primeiro inglês a terminar como artilheiro de uma Copa do Mundo, embora a Inglaterra tenha sido eliminada nas quartas-de-final.

Em 1985, durante as eliminatórias, o coração do técnico escocês Jock Stein não resistiu as emoções do jogo decisivo contra o País de Gales. Ele tombou ainda no banco, depois da partida. Para o lugar do finado treinador, foi chamado Alex Ferguson, que após a copa se tornou treinador do Manchester United, onde está até hoje.

A Bélgica jamais tinha chegado tão longe numa Copa do Mundo. Os "Diabos Vermelhos" terminaram o Mundial em quarto e o goleiro Jean Marie-Pfaff foi eleito o melhor goleiro da Copa.

O brasileiro Romualdo Arppi Filho repetiu o feito de Arnaldo César Coelho e apitou a final do Mundial de 86. Romualdo chegou a dar cartão amarelo para Maradona na final.

Vários craques da época se despediram das Copas em 86. Zico, Sócrates, Falcão e Júnior (Brasil); Gordillo e Senor (Espanha); Harald Schumacher e Karl-Heinz Rummenigge (Alemanha); Michel Platini, Jean Tigana e Alain Giresse (França).

Final:
Argentina 3 X 2 Alemanha Ocidental


Eliminatórias: 121 seleções
Classificados automaticamente: Itália (última campeã) e México (país-sede)
Sede: México
Campeão: Argentina - 2º título
Jogos: 52
Gols: 132
Média de gols: 2,54
Público: 2.407.431
Média de público: 46.297
Artilheiro: Gary Lineker (Inglaterra) - 6 gols

O Brasil na Copa de 1986 no México: Eliminado nas quartas-de-final - 5º lugar
5 jogos | 4 vitórias e 1 empate | 10 gols a favor e 1 gol sofrido | saldo de gols +9.

Curiosidades:
No começo da Copa, a Dinamarca era apontada como uma das favoritas, um time com futebol coletivo semelhante ao "carrossel" holandês de 74.
Na primeira fase, o time dinamarquês, apelidado de "Dinamáquina", goleou o bom time do Uruguai por 6 a 1 e derrotou a poderosa Alemanha por 2 a 0.

Mas, na fase seguinte, a máquina dinamarquesa emperrou e o time foi eliminado pela Espanha com uma goleada de 5 a 1. Neste jogo, o atacante espanhol Emilio Butragueño, "El Bugre", marcou quatro gols.

A Copa do México marcou o fim de uma das maiores gerações de craques do futebol mundial. Seria a última Copa de Zico, Falcão, Junior, Sócrates, Reinaldo, Leandro e Toninho Cerezo para o Brasil, e de Platini, Tigana, Girese para a França, e de Rummenige para a Alemanha.

O polonês Wladislaw Zmuda jogou 7min no Mundial apenas para igualar o recorde de partidas em Copa (21, do alemão Uwe Seeler). Entrou em campo quando seu time perdia de 4 a 0 do Brasil.

Curiosamente, nas quartas-de-final, somente o jogo entre a Argentina e a Inglaterra não precisou ser decidido nos pênaltis.

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

COPA DO MUNDO DE 1982

Itália conquistou título com passeio na Alemanha

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Azurra
A Copa do Mundo de 1982 foi a 12ª Copa do Mundo disputada, e contou pela primeira vez com 24 (vinte e quatro) seleções. 105 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Espanha.

O Brasil, liderado por Telê Santana, chegou à Europa com um conjunto de talentos que conquistou a Espanha e encantou o mundo.

Copa do Mundo de 1982 foi a 12ª Copa do Mundo disputada, e contou pela primeira vez com 24 (vinte e quatro) seleções. 105 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Espanha. A Copa do Mundo da Espanha, em 1982, foi marcada pelo futebol ofensivo e criativo da Seleção Brasileira comandada por Telê Santana. Mas quem ficou com o título, e eliminou os brasileiros, foi a Itália. Pela primeira vez a competição foi disputada por 24 seleções, entre elas várias estreantes. Na primeira fase, a Itália, após três empates, se classificou no número de gols marcados. Seus jogadores, criticados pela imprensa italiana, decidiram fazer greve de silêncio e não conversaram mais com os jornalistas. O Brasil passou por cima de todos os adversários na primeira fase e se classificou como maior favorito ao título.

Na segunda fase, estreou com vitória sobre os argentinos e foi para o jogo contra os italianos precisando apenas de um empate. A vitória por 3 a 2 da Itália, com três gols de Paolo Rossi, que acabou como artilheiro do torneio com seis, eliminou os brasileiros. A Itália avançou, eliminou a sensação da Copa, a Polônia, na semifinal, por 2 a 0, e, na final, bateu a Alemanha Ocidental, Santiago Bernabéu, por 3 a 1, igualando-se ao Brasil como tricampeão mundial. O Mundial também registrou a maior goleada da história da competição. A Hungria aplicou 10 a 1 sobre El Salvador. Na primeira fase, a zebra ficou por conta da Argélia, que venceu a vice-campeã Alemanha Ocidental por 2 a 1. Quem estreou em uma Copa do Mundo foi Diego Maradona, mas não conseguiu levar sua seleção muito adiante.

Outras grandes seleções marcaram presença na Espanha. A França de Michel Platini, Jean Tigana, Dominique Rocheteau e Didier Six; a Alemanha de Karl-Heinz Rummenigge, Manfred Kaltz, Pierre Littbarski e Paul Breitner.

A Argentina, campeã mundial, decepcionou. Os portenhos fizeram o jogo de abertura da copa contra a Bélgica e perderam por 1 a 0. Classificaram-se em segundo lugar no grupo após vencerem a Hungria e El Salvador. Mas na segunda fase foram derrotados pela Itália por 2 a 1 e pelo Brasil, que vingava 1978 por 3 a 1, numa demonstração de força do time de Telê.

A Alemanha sofreu uma derrota surpreendente contra a Argélia na estréia por 2 a 1. Goleou o Chile e venceu sua "irmã", a Áustria, por 1 a 0, no chamado "jogo da vergonha". Os argelinos, brilhantes, derrotaram o Chile por 3 a 2 mas não passaram à segunda fase, devido a esta vitória alemã.

A França perdeu por 3 a 1 da Inglaterra na estréia, mas mesmo com uma campanha irregular conseguiu a classificação. Empatou com a Tchecoslováquia e ganhou do Kuwait por 4 a 1.

Já o Brasil, grande favorito ao título, estreou contra a URSS. Um jogo complicadíssimo. Os soviéticos fizeram 1 a 0 numa falha de Waldir Peres. A seleção errou muito, principalmente no sistema defensivo e o juiz deixou de dar 2 penaltis claros para os soviéticos. No segundo tempo o Brasil colocou os nervos no lugar e o gênio de Sócrates explodiu no gol de empate. Aos 43 minutos, Éder Aleixo dispara no ângulo de Rinat Dasayev: Brasil 2 a 1. A equipe de Telê então venceu a Escócia, de virada de novo, por 4 a 1. Zico brilhou com um bonito gol de falta. Contra a Nova Zelândia a seleção canarinho novamente venceu por goleada, 4 a 0. Na segunda fase o Brasil enfrentaria Argentina e Itália. Primeiramente, o Brasil bateu a Argentina por 3 a 1, num jogo em que a imagem de Júnior sambando à beira do campo após marcar um dos gols canarinhos tornou-se emblemática.

A Itália jogou 3 jogos péssimos na primeira fase, empatando com Peru, Camarões e Polônia, e só se classificou por ter mais gols marcados. Na 2ª fase a mística da Azzurra incendiou a equipe, que disparou rumo ao tricampeonato. Na 2ª fase a Itália venceu a Argentina por 2 a 1, o Brasil por 3 a 2, nas semifinais a Polônia por 2 a 0, chegando à finalíssima da copa. Mas antes, um adendo sobre aquele que ficou conhecido como a "Tragédia do Sarriá".

Brasil e Itália se enfrentavam pelo segundo jogo da segunda fase. Como a Itália havia vencido a Argentina por 2 x 1, e o Brasil por 3 x 1, a seleção canarinho, super favorita ao título, tinha a vantagem do empate. Mero protocolo…o Brasil iria vencer o jogo fácil, fácil, afinal, a Itália só havia vencido um jogo na copa, enquanto o Brasil era o único com aproveitamento de 100%. Começa o jogo. Logo aos 5 minutos cruzamento da esquerda e cabeceio de Paolo Rossi, com a defesa brasileira olhando, assistindo a cabeçada do italiano, 1 x 0. O Brasil não se intimida. Zico se livra de Gentile e toca brilhantemente para Sócrates. O Doutor invade a área e chuta forte, cruzado, 1 x 1. O jogo é parelho. A Itália marca forte a saída de bola do Brasil, e força o erro da seleção. Toninho Cerezo faz um toque lateral, Falcão e Luisinho esperam um pelo outro, e ele, Paolo Rossi não espera por ninguém, dispara toma a bola e solta a bomba, 2 x 1.

O Brasil tem todo o segundo tempo para empatar e se classificar, afinal, é no segundo tempo que o time de Telê dava um show de bola nos adversários. Bola com Júnior que toca para Falcão na entrada da área, Toninho Cerezo faz a ultrpassagem iludindo a defesa italiana que o acompanha, abre-se a brecha de onde Falcão solta a bomba, 2 x 2, era a classificação do Brasil. Mas não era isso que desejavam os Deuses do Futebol. Escanteio "que não foi" marcado para a Itália. Todo o time do Brasil dentro da área, e na sobra, a bola, ingrata, acha ele, Paolo Rossi, que desvia sua trajetória e mata Waldir Perez, 3 x 2. O Brasil ainda tem uma última chance, mas Zoff faz uma defesa espetácular em uma cabeçada certeira de Oscar. Fim do drama. Itália 3 x Brasil 2. Um derrota que jamais fora esquecida.

A Alemanha passou à final após uma vitória épica contra a França de Platini. No tempo normal, 1 a 1. Na prorrogação, a França chega a fazer 3 a 1. Mas, os alemães, liderados por Rummenigge, buscaram o resultado e empataram o jogo em 7 minutos, numa das mais espetaculares reações de todos os tempos. Na primeira decisão por pênaltis da história, deu Alemanha. O lado lamentável foi a covarde agressão que o goleiro alemão, Harald Schumacher, cometeu sobre o atacante francês Patrick Battiston, que caiu no chão sem sentidos, o que fez muitos acreditarem que ele tinha morrido.

Grande Final da Copa. Estádio Santiago Bernabeu em Madrid. Clássico europeu, Itália vs Alemanha Ocidental. Só que aquilo que era para ser um clássico virou um passeio à italiana. A "Azurra" passeou em campo, e embalada pelas vitórias sobre Argentina, campeã do mundo, e Brasil, favorito ao título, não tomou conhecimento da Alemanha. Final do 1º tempo e o jogo já estava decidido 3 x 0. A Alemanha ainda descontou mas já era tarde para mais uma reação do time germânico. Final Itália 3 x Alemanha 1.

Paolo Rossi o carrasco brasileiro com 3 gols no jogo, ainda marcou mais 1 na final e foi o artilheiro da Copa de 1982. A Itália sagrava-se tricampeã, igualando-se ao Brasil, que foi brilhante, mas não levou o título.

Brasil na Copa de 1982
Preparação
A Seleção Brasileira fez sua preparação para a Copa na Vila Olímpica do Atlético.

19° 49′ S 43° 57′ W

Classificação: 5º lugar
Campanha: 5 jogos, 4 vitórias, 1 derrota, 15 golos a favor e 6 golos contra.
Jogos: Brasil 2 X 1 URSS, Brasil 4 X 1 Escócia, Brasil 4 X 0 Nova Zelândia, Brasil 3 X 1 Argentina e Brasil 2 X 3 Itália.
Falcão, destaque do Brasil naquela copa, considerado pela FIFA o 2° melhor jogador da competição ,recebeu o troféu ( Bola de prata).
Zico, foi o terceiro artilheiro da competição, recebendo o troféu,( Chuteira de bronze).

Final:
Itália 3x1 Alemanha Ocidental

Eliminatórias: 109 seleções
Classificados automaticamente: Argentina (último campeão) e Espanha (país-sede)
Sede: Espanha
Campeão: Itália - 3º título
Jogos: 52
Gols: 146
Média de gols: 2,81
Público: 1.856.277
Média de público: 35.698
Artilheiros: Paolo Rossi (Itália) - 6 gols

O Brasil na Copa de 1982 na Espanha: Eliminado na Segunda Fase - 5º lugar
5 jogos | 4 vitórias e 1 derrota | 15 gol a favor e 6 gols sofridos | saldo de gols +11.

Curiosidades:

No jogo França x Kuwait aconteceu uma das cenas mais inusitadas das Copas do Mundo. A França estava vencendo por 3x1 quando então marcou seu 4o gol. Os jogadores do Kuwait pensaram que o árbitro russo havia apitado antes do gol e pararam de jogar. Então, o sheik Fahid Al-Ahmad Al-Sabah, presidente da Associação de Futebol do Kuwait, invadiu o campo irritado e gesticulando exigindo que o árbitro anulasse o gol. E o árbitro russo realmente anulou

Na Copa da Espanha, a plasticidade dos brasileiros e franceses foi superada pela força dos italianos e alemães. A seleção de 82 de Zico, Sócrates, Cerezo, Falcão e Júnior perdendo nas quartas-de-final.

Os europeus também pecam na organização. Em 78, os franceses jogaram de verde porque esqueceram o uniforme. Quatro anos depois, mesmo sendo escolhidos 18 anos antes, os espanhóis fizeram uma das Copas mais desorganizadas de todos os tempos, incluindo a invasão de campo do xeque kuaitiano.

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

COPA DO MUNDO DE 1978

Argentinos conquistam o título dentro de casa

FIFA
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Campeão Copa do Mundo 1978
A Copa do Mundo FIFA de 1978 foi a 11ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 16 países. 97 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Argentina.

Foi uma copa cercada de polêmicas. Muito se deve ao clima político vivido na Argentina. O país vivia uma brutal ditadura imposta pelos militares, que viram na organização do torneio a oportunidade ideal para popularizar o regime e provomover a distração nacional dos problemas políticos e econômicos. Uma autêntica política de "pão e circo".

O super craque neerlandês Johan Cruijff se recusou a jogar a Copa de 78 como forma de protesto contra o regime militar. A organização também apresentou muitas falhas. Os estádios ficaram em alguns lugares prontos na última hora, e por isso, o gramado recém-plantado, começou a se soltar sob os pés dos jogadores.

Sem dizer que a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, enquanto os principais rivais faziam um "tour" pelo país, se desgastando com longas viagens.

No grupo da Argentina, a Itália roubou a cena e venceu os 03 jogos da primeira fase. Com um gol de Betega, despachou os donos da casa, 1 x 0. Era a geração de Paolo Rossi, Conti, Schirea começando a brilhar. A Argentina venceu a Hungria e a França, ambas por 2 x 1 e ficou com a segunda vaga. O time francês, excelente, não levou sorte e acabou eliminado. Craques como Rocheteau, Platini, Tiganá e Six, brilhariam mais quatro anos depois (Marques, Armando - 2002 - "Todas as Copas do Mundo").

No grupo do Brasil outro drama pós-74. A seleção canarinho perdida em meio aos malabarismos táticos do técnico Cláudio Coutinho não se encontrava. O time era inseguro, apático e sem imaginação. Tínhamos dois jogadores da mais nobre linhagem de camisas 10, Zico e Rivelino, e nenhum brilhou. No primeiro jogo o Brasil empatou com a Suécia, 1 x 1. Neste jogo uma curiosidade. Último lance do jogo. Escanteio a favor do Brasil, bola centrada na área e gol de Zico de cabeça. Só que o juiz encerrou o jogo com a bola no ar, após a batida do corner. O Brasil ainda empatou com a Espanha em 0 x 0. E só se classificou ao vencer a Áustria no terceiro jogo, 1 x 0, gol de Roberto Dinamite. A Áustria que venceu os dois primeiros jogos ficou com a outra vaga.

Os Países Baixos, sem Johan Cruijff, não eram os mesmos e tiverem dificuldades em se classificar. Venceu o fraco Irã por 3 a 0, depois empatou com o Peru 0 a 0 e perdeu da Escócia por 3 a 2. O Peru foi a grande sensação do grupo, com seu futebol clássico e técnico, que tinha Teófilo Cubillas como seu principal artífice. Venceu, ainda na primeira fase, a Escócia por 3 a 1 e goleou o Irã por 4 a 1.

Alemanha Ocidental e Polônia dividiram as vagas de seu grupo entre si sem maiores dificuldades. Estavam na segunda fase, grupo A - Argentina, Peru, Brasil e Polônia e no grupo B - Alemanha, Itália, Países Baixos e Áustria.

Na segunda Fase os neerlandeses embalaram. Golearam implacavelmente a Áustria, 5 x 1. Empataram com a Alemanha Ocidental em 2 x 2 e ganharam da favorita Itália 2 x 1, conseguindo uma vaga para a final.

No grupo de Brasil e Argentina o maior escândalo de todas as copas. O Brasil se recuperou da apatia da 1ª fase e venceu a forte seleção peruana por 3 x 1. A Argentina passou pela Polônia por 2 x 0. Em Rosário, Brasil e Argentina duelaram, 0 x 0. Um jogo nervoso, tenso, onde Coutinho escalou o jogador Chicão nítidamente para intimidar os argentinos com seu jogo duro e de marcação. Mas o placar de empate seria fatal para o Brasil. 

Na última rodada o Brasil venceu de forma brilhante a Polônia por 3 x 1. Com este resultado só restava à Argentina vencer o Peru por 4 gols de diferença! Uma vantagem imperdível, afinal, desde que Menoti se tornara técnico da Argentina a seleção alvi-celeste jamais havia vencido um jogo por mais de 3 gols. Porém o Peru, entrou em campo passeando, abriu mão do direito de jogar, e levou um vareio de 6 x 0. Frise-se que o goleiro peruano era argentino de nascimento, Quiroga, e que falhou bisonhamente em vários gols. Porém nada ainda foi provado, e cabe aos argentinos sempre o benefício da dúvida. Afinal, ninguém pode duvidar de uma seleção que contava com Passarela, Kempes, Fillol, e que ainda abriu mão de Maradona. 

Também não se pode negar que todos os fatos de repercussão mundial sempre são cercados de "teorias da conspiração" que nunca são provadas, como a morte de Kennedy, de Elvis Presley, a chegada do homem à lua, etc.

Ao Brasil restou vencer a Itália na decisão de 3º lugar com um golaço de Nelinho, onde a bola fez uma curva improvável e surpreendeu o super goleiro Dino Zoff.

Na grande final, Estádio Monumental super lotado. Milhões de papéis picados e bandeiras alvi-celestes. O jogo é duro. A Argentina pressiona e Kempes abre o placar. Os Países Baixos empatam num belíssimo gol de cabeça. Aos 45 do segundo tempo bola na trave portenha. Prorrogação: a Argentina atropela a laranja mecânica, e vinga a derrota de 4 x 0 sofrida em 74. Final Argentina 3 x 1 Países Baixos. Ainda que sob suspeita não dá para dizer que a Argentina não mereceu.

Cláudio Coutinho aprontou mais uma e utilizou um malabarismo linguístico já que os táticos não funcionaram: "O Brasil foi o campeão moral deste certame". Só que o real, foi a Argentina!

Curiosidades

Foi a última Copa em que 16 seleções participariam da fase final. A partir do Mundial da Espanha em 1982 seriam 24 seleções.

O Brasil utilizou dezessete dos 22 jogadores inscritos. Apenas quatro disputaram todos os jogos completos: Leão, Oscar, Amaral e Batista.

Para disputar suas sete partidas, o Brasil percorreu 4659 quilômetros pela Argentina. Já a Argentina percorreu apenas 618 quilômetros.

Seleção francesa tentou sem êxito, boicotar a sua ida a Copa em resposta ao assassinato de freiras francesas por parte do Regime Militar.

Na decisão entre as seleções da Argentina x Holanda,um torcedor argentino de 49 anos sofreu um ataque cardíaco no momento em que atacante neerlandês Rob Resenbrink carimbava fortemente a trave do goleiro argentino Fillol, porém foi socorrido a tempo de festejar a conquista inédita do título.

Os holandeses viraram de costas para o sanguinário ditador Jorge Rafael Videla na hora de receberem as suas medalhas de prata.
Esta Copa protagonizou o segundo escâdalo de doping da história do torneio. O meia escocês Johnstone foi flagrado nos exames antidoping na partida em que sua seleção foi derrotada pelo Peru por 3x1. Johnstone, após o anúncio do doping, e de seu desligamento da delegação, fez as malas, e voltou para casa mais cedo. Depois do episódio, ele nunca mais foi convocado pela Escócia em competições internacionais.

No jogo Brasil e Suécia na 1ª fase, o jogo estava empatado em 1x1 até os acréscimos no final da partida, quando houve um escanteio a favor do Brasil. Quando o escanteio foi cobrado, o meia brasileiro Zico subiu de cabeça, e marcou o que seria o gol da vitória brasileira. Estranhamente, o juiz galês Clive Thomas encerrou o jogo, para desespero do time brasileiro. Sua alegação foi que ele terminara o jogo com a bola no ar. O time brasileiro entrou com duas representações contra o juiz na Comissão de Arbitragem e no Comitê Disciplinar da FIFA. O juiz foi afastado, e nunca mais apitaria na Copa.

Eliminadas na primeira fase, as seleções da França e da Hungria proporcionaram um verdadeiro papelão, sendo que a França, em protesto contra as más arbitragens, entrou também de camisa branca, pois a mesma estava sorteada para os húngaros, o árbitro do jogo, o brasileiro Arnaldo César Coelho, se recusava a começar a partida, enquanto a questão dos uniformes não estivesse resolvida, os jogadores da França acabaram sendo obrigados a jogarem com uniformes verdes listrado de branco, cedidos as pressas por um time amador, o Kimberley, os franceses venceram por 3x1.

O jornal inglês Sunday Times denunciou que os argentinos estavam fraudando os testes antidoping. Diziam que a urina para os exames após cada partida não era fornecida pelos jogadores, que inferiam fortes doses de anfetaminas. Um homem teria sido contratado só para urinar.

O jogador Rob Resenbrink da seleção neerlandesa, marcou o gol 1000 da história da Copa do Mundo, convertendo um penalti, no jogo Escócia 3x2 Países Baixos.

A seleção da Tunísia tornou-se a primeira seleção africana a ganhar uma partida de Copa do Mundo, batendo o México por 3x1.
A Tunísia conseguiu ainda um empate em 0x0 com a Alemanha Ocidental, então campeã do mundo.

O Brasil se autoproclamou "campeão moral" por ter sido a única seleção invicta da Copa e porque o goleiro do Peru, Quiroga, teria facilitado a partida contra a Argentina. A Argentina precisava ganhar de uma diferença superior a quatro gols. Ganhou de 6 a 0. Entretanto, Quiroga nasceu na Argentina e naturalizou-se peruano.

Atendendo a pedidos das emissoras de TV argentinas que alegaram estarem se adaptando a era do canal a cores, novidade da época na vizinha Argentina, a FIFA repentinamente alterou o horário dos jogos decisivos do Grupo B das semifinais da Copa de 1978: sendo que o jogo Brasil x Polônia seria disputado no horário vespertino, e o jogo Argentina x Peru no horário noturno, o selecionado argentino entrou em campo praticamente com o resultado na mão.

Fernando Rodríguez Mondragón, filho de um chefe do tráfico de drogas Colombiano, declarou em 2007 à Rádio Caracol (Colômbia) que o desarticulado cartel de Cáli subornou a seleção do Peru, com uma cifra não revelada, para que deixasse a seleção da Argentina ganhar o decisivo jogo da segunda fase. A Argentina se classificou tendo os mesmos pontos que o Brasil, mas com melhor saldo de gols.

Foi a única edição da Copa que o Brasil terminou sem ser derrotado e não foi campeão.

Houve rumores de que a Ditadura Militar argentina desejava o título a todo custo, o que segundo algumas pessoas, explicaria boa parte dos episódios estranhos ocorridos durante a Copa. A comemoração da imensa torcida argentina pela vitória de 6x0 sobre o Peru serviu para acabar com os protestos das Mães da Praça de Maio, que buscavam informações dos filhos desaparecidos, pois os mesmos haviam feito vários protestos contra o governo militar do país.

Final:
Argentina 3x1 Holanda

Eliminatórias: 106 seleções
Classificados automaticamente: Alemanha Ocidental (último campeão) e Argentina (país-sede)
Sede: Argentina 
Campeão: Argentina - 1º título
Jogos: 38
Gols: 102
Média de gols: 2,68
Público: 1.610.215
Média de público: 42.374
Artilheiros: Mario Kempes (Argentina) - 6 gols

O Brasil na Copa de 1978 na Argentina: 3º lugar
7 jogos | 4 vitórias e 3 empates | 10 gols a favor e 3 gols sofridos | saldo de gols +7.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

COPA DO MUNDO DE 1974

Alemanha foi a 1ª a levantar o novo troféu FIFA

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A Copa em cores na TV
A Copa do Mundo de 1974 foi a 10ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 16 países. 99 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Alemanha. A Alemanha Ocidental de Franz Beckenbauer, Gerd Müller e cia. era uma grande favorita. Um time porém prometia ser sua sombra em busca do título, os Países Baixos de Cruyff e Neeskens, tendo sido a grande sensação. O timaço dos Países Baixos, dirigido por Rinus Michels, revolucionou o futebol mundial implementando um sistema tático onde os jogadores não guardavam posição fixa: era o carrossel holandês (considerado o melhor esquema tático da história do futebol). Os Países Baixos chegaram à final como os grandes favoritos ao título.

O mundial foi transmitido em cores pela TV em 70 países e foi a primeira Copa do Mundo onde os jogadores começaram a usar número nos calções.

Seguindo a tendência inaugurada no mundial anterior, a bola oficial era a mesma: a Telstar, fabricada pela Adidas. Nesse mundial foram utilizados dois modelos: a principal, com hexágonos brancos e pentágonos pretos, que foi utilizada na maioria dos jogos, e uma totalmente branca, que foi utilizada em 8 jogos, incluindo a semifinal entre Brasil e Países Baixos, e a decisão do 3° lugar entre Brasil e Polônia.

O Brasil, sem Pelé, Gérson, Carlos Alberto Torres, Tostão e Clodoaldo, não era sombra do super time de 1970. Jogando um futebol defensivo, o time suou para empatar contra a Iugoslávia e Escócia e ganhar do Zaire por 3 a 0, na medida para se classificar.

O Zaire (atual República Democrática do Congo) participou pela primeira vez da Copa do Mundo, ao vencer o Campeonato Africano de Nações (que era classificatório para o Mundial naquela época). Pela classificação para a Copa do Mundo, todos os jogadores receberam como prêmio do governo de seu país, casa e automóvel. Mas devida à péssima campanha no Mundial, os prêmios foram confiscados mais tarde.

No jogo Iugoslávia e Zaire na 1ª fase, a Iugoslávia vencia por 2X0, quando o goleiro zairense Kazadi pediu para ser substituído, alegando que mal tinha tocado na bola em 20 minutos jogados. Em seu lugar, entrou Tubilandu, que, logo depois que, entrou, teve que trabalhar - teve que pegar a bola no fundo da rede, depois que a Iugoslávia marcou seu terceiro gol. No final, a Iugoslávia goleou por 9X0 e ficou com o 1° lugar na chave.

Pelo menos, a equipe do Haiti teve um motivo para se orgulhar: ao marcar seu único gol na derrota por 3X1 diante da Itália, foi quebrada a invencibilidade da defesa italiana, que não tomava um gol desde 1972, e do goleiro Dino Zoff, que estava 1.142 minutos sem tomar gol. Coube a Emmanuel Sanon (falecido em 2008) esta façanha.

Na única vez em que as duas Alemanhas se enfrentaram em uma Copa do Mundo, a Alemanha Ocidental, demonstrando sua frieza, abriu mão de sua invencibilidade e perdeu para a Seleção Alemã Oriental de Futebol por 1 a 0, evitando cair no grupo de Brasil e Países Baixos na segunda fase da Copa.

Um dos grupos mais fortes da copa era o D com Polônia, Itália e Argentina brigando pelas 2 vagas e o pobre do Haiti servindo de saco de pancadas para os protagonistas conquistarem saldo. O Haiti perdeu da Itália por 3 a 1, da Argentina por 4 a 1 e da Polônia por 7 a 0. Deu a lógica e quem goleou por mais acabou passando, avançando Argentina e Polônia. A Laranja Mecânica passeou no seu grupo e ganhou do Uruguai por 2 a 0, empatou com a Suécia 0 a 0 e goleou a Bulgária por 4 a 1.

A Escócia se tornou a primeira seleção a ser eliminada na 1ª fase sem perder um só jogo. Curiosamente, ela foi a única equipe invicta do torneio.

No mundial houve a estréia do chamado cartão vermelho, a primeira vitima dele na história das Copas, foi o atacante chileno Carlos Caszely que foi expulso aos 22 min do 2º tempo no jogo Alemanha Ocidental1x0 Chile. O próprio Caszely era opositor ferrenho do ditador chileno Augusto Pinochet, que tomara o poder no país meses antes, após liderar um golpe de estado. Devido à sua expulsão, posteriormente Caszely foi proibido de jogar futebol em seu próprio país. Ele acabaria jogando em clubes da Espanha nos tempos politicamente mais difíceis.

Foi também o primeiro mundial que ocorreu o primeiro caso de doping. O fato ocorreu com o zagueiro do Haiti Jean-Joseph, na partida em que sua seleção foi goleada pela Polônia por 7 x 0. No dia seguinte ao anúncio pela FIFA, seguranças da delegação tiraram o atleta do quarto onde dormia, levaram-no para um jardim na própria concentração e deram-lhe uma brutal surra. Em comunicado distribuído à imprensa, a delegação do Haiti disseram que a agressão foi justificada pelo doping, onde o zagueiro, com sua atitude, envergonhara a sua pátria.

Segunda fase
Chega a Segunda Fase; neste mundial com dois grupos de 4, os melhores vão à final e os segundos colocados vão disputar o terceiro lugar. O Brasil ganha da Alemanha Oriental e Argentina só que perdeu para os Países Baixos por 2 a 0 na partida que decidiu o finalista de seu grupo.

Restou ao Brasil jogar e perder, pelo terceiro lugar da Copa, contra a Polônia, 1 a 0 gol de Lato.

Já no outro grupo da segunda fase a Alemanha vence a Iugoslávia por 2 a 0, a Suécia por 4 a 2 e a Polônia por 1 a 0. Na final, os Países Baixos saíram na frente logo no início gol de pênalti, com pouco mais de um minuto de jogo, sem que sequer um alemão tivesse tocado na bola. A Alemanha não se abala, e chega ao empate também de pênalti. Müller aproveita a bola na área e faz o gol da virada. Depois só deu Países Baixos, mas Sepp Maier, o arqueiro germânico, parou o ataque da laranja mecânica e a Alemanha repetiu 54: virou para cima da grande favorita da final e sagrou-se bicampeã do mundo.

Mascote
Os mascotes oficiais da Copa de 1974 eram os garotos Tip e Tap.

Brasil na Copa de 1974
Colocação: quarto lugar.

Campanha: sete partidas, três vitórias, dois empates, duas derrotas, seis gols a favor e quatro contra.

Partidas: Brasil 0 a 0 Iugoslávia, Brasil 0 a 0 Escócia, Brasil 3 a 0 Zaire, Brasil 1 a 0 Alemanha Oriental, Brasil 2 a 1 Argentina, Brasil 0 a 2 Países Baixos e Brasil 0 a 1 Polônia.

O Brasil, recentemente tri-campeão mundial, estava com a auto-estima alta. Zagallo ainda técnico da seleção, usou a base da última copa, Jairzinho e Rivelino. Faltava o rei Pelé.

Porém, o Brasil não foi muito longe. A famosa Laranja Mecânica neerlandesa destruiu o sonho do Tetra.

Por fim, o Brasil termina em 4º lugar após perder para a Polônia.

Final:
Alemanha Ocidental 2x1 Holanda

Eliminatórias: 99 seleções
Classificados automaticamente: Brasil (último campeão) e Alemanha Ocidental (país-sede)
Sede: Alemanha Ocidental
Campeão: Alemanha Ocidental - 2º título
Jogos: 38
Gols: 97
Média de gols: 2,55
Público: 1.774.022
Média de público: 46.685
Artilheiro: Grzegorz Lato (Polônia) - 7 gols

O Brasil na Copa de 1974 na Alemanha Ocidental: 4º lugar
7 jogos | 3 vitórias, 2 empates e 2 derrotas | 6 gols a favor e 4 gols sofridos | saldo de gols -2.

Curiosidades da Copa do Mundo 1974

Depois da conquista definitiva da taça Jules Rimet pelo Brasil, a Copa do Mundo de 1974 na Alemanha Ocidental foi a primeira edição com o novo troféu FIFA criado pelo escultor italiano Silvio Gazzaniga.

A Copa de 74 revelou a "Laranja Mecânica". A equipe da Holanda recebeu o apelido pela cor do uniforme e pela aparente anarquia dos jogadores em campo que lembrava as gangues do filme de Kubrick. Mais uma vez a melhor seleção não venceu.

Para adequar as transmissões e dinamizar o esporte, a FIFA introduziu o uso dos cartões amarelo e vermelho, e as substituições por jogo já na Copa de 70. Saldo de gols como critério de desempate e punição por doping em 1974.


www.ururau.com.br

IMNE suspende atendimento aos funcionários e critica pesadamente a Petrobras

O grupo de Saúde, IMNE, que administra o Hospital Dr. Beda e outras clínicas de saúde em Campos, através de um comercial nas TVs locais, está comunicando a suspensão do convênio com a Petrobras com severas críticas sobre o desenrolar das negociações.


http://robertomoraes.blogspot.com/2010/05/imne-suspende-atendimento-aos.html

MARCOS BACELLAR CONFIRMA CANDIDATURA PARA ALERJ


 
O vereador Marcos Bacellar confirmou em entrevista a Folha on Line que será candidato do PT do B a deputado estadual. Com a decisão de Bacellar, a Câmara dos vereadores terá dois candidatos, afinal Nelson Nahim também é candiato pelo PR.

PV também confirma candidatura de Gabeira ao governo do RJ


No encontro de hoje para lançamento da senadora Marina Silva à Presidência da República e o empresário do Grupo Natura, Guilherme Leal, a vice, o Partido Verde também confirmou o nome do deputado federal Fernando Gabeira ao Governo do Estado do Rio.
O nome de Gabeira eleva o nível da campanha, até agora polarizada entre Cabral e Garotinho, que, como se sabe, têm mais semelhanças que diferenças.
Numa análise superficial, a entrada de Gabeira dá fôlego à cambaleante candidatura Garotinho, uma vez que deve tirar votos de Cabral na cidade do Rio, principalmente na Zona Sul, mas...

Dono da Natura é o vice na chapa de Marina Silva


A senadora Marina Silva foi homologada candidata do PV à Presidência da República, numa festa na casa de espetáculos Rio-Sampa, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na festa, foi anunciado também o nome do pré-candidato a vice-presidente, o empresário Guilherme Leal, presidente do grupo Natura. A pré-convenção também serviu para anunciar a pré-candidatura do deputado federal Fernando Gabeira ao governo do estado do Rio pelo PV.
A senadora Marina Silva disse que Leal é “um dos empresários mais interessados na questão da sustentabilidade”. Marina disse ainda que o partido está fazendo alianças com empresários e políticos que tenham visão de futuro e interesse nas causas nacionais: “O Guilherme Leal está inteiramente alinhado com os propósitos das questões do século 21”.
O empresário disse que vai se desligar, ainda nesta semana, do Conselho de Administração da Natura. E afirmou que decidiu apoiar Marina Silva “muito antes que ela me escolhesse para ser seu vice na chapa”.

sábado, 15 de maio de 2010

Brasil pode ter mais oito estados e cinco territórios


O Brasil pode ganhar, nos próximos anos, 13 novas unidades da ferderação, entre estados e territórios que irão se somar atuais 27, incluindo o Distrito Federal. Nesta semana foi aprovada a urgência na votação do projeto de plebliscito para consultar os eleitores do Pará se aprovam ou não a divisão do atual território em três novos estados.
Tramitam na Câmara outros projetos, como a criação do estado do São Francisco que seria desmembrado da atual Bahia e a divisão do atual Mato grosso do Sul e aquela ponta de Minas, entre Goías e São Paulo seria transformado no estado do Triângulo Mineiro.
Mais estados, mais governadores, mais deputados, mais senadores, mas assembléias legislativas.... socorro!!!!!
Veja abaixo como ficaria o novo mapa do Brasil se forem criadas as novas unidades (oito e cinco territórios).

Arte: site da Câmara dos deputados
Mais informações sobre o assunto aqui.

História das Copas: COPA DO MUNDO DE 1970

O tri-campeonato do Brasil, em terras mexicanas

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Noventa milhões em ação...
A Copa do Mundo FIFA de 1970, a nona edição do torneio, foi disputada no México, de 31 de Maio até 21 de Junho. O México foi escolhido como sede pela FIFA em outubro de 1964. O torneio de 1970 foi a primeira Copa do Mundo disputada na América do Norte, e a primeira disputada fora da América do Sul e da Europa. Num encontro de equipes que já haviam vencido a Copa duas vezes, a final foi vencida pelo Brasil, que bateu a Itália por 4 a 1. Isto significa que o Brasil se tornou a primeira equipe a ter o título de campeão mundial por três vezes e foi permitido a posse definitiva da Taça Jules Rimet.

A seleção brasileira, que tinha Pelé (que estava em sua quarta e última Copa do Mundo), Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Rivellino e Tostão, é tida como uma das mais eficientes equipes na história das Copas. Neste torneio foi possível observar um retorno ao jogo solto e ofensivo em oposição às batalhas físicas das Copas de 1962 e 1966.

Um total de 75 times se inscreveram para as Eliminatórias. Notáveis equipes como Portugal, França, Hungria, Argentina e Espanha falharam em obter a classificação. Enquanto isso, o Marrocos tornou-se a primeira seleção africana a participar das finais da Copa desde a Segunda Guerra Mundial.

Primeira fase
A Copa de 1970 foi, como de costume, precedida por disputas sobre sua organização. Esta Copa foi a primeira a ser televisionada em cores. Porém, para que as transmissões se encaixassem melhor nas programações da televisão européia, algumas partidas começaram ao meio-dia. Esta foi uma decisão impopular entre muitos jogadores e treinadores por causa do intenso calor no México neste período do dia.

O formato da competição permaneceu o mesmo da Copa anterior: 16 equipes classificadas, divididas em quatro grupos com quatro que se enfrentariam em turno único. Os dois primeiros colocados classificar-se-iam às quartas-de-final. Porém, pela primeira vez nas Copas, o critério de desempate em no caso de igualdade de pontos na fase de grupos era o saldo de gols (e não mais jogos-desempate e goal average) e se dois ou mais times tivessem o mesmo saldo de gols, o desempate se daria por sorteio. Se uma partida das quartas ou das semifinais resultasse num empate após a prorrogação também haveria sorteio para definir a equipe classificada.

Pela primeira vez, substituições foram permitidas em Copas do Mundo. Cada time poderia fazer duas alterações durante o jogo. A União Soviética foi o primeiro time a se utilizar do expediente contra o México na partida de abertura. Viktor Serebryanikov foi o primeiro jogador a ser substituído, pois Anatoly Puzach entrou em seu lugar após os 45 minutos iniciais.

Esta Copa também foi a primeira a apresentar o uso dos cartões amarelo e vermmelho para advertências e expulsões respectivamente (note que as advertências e expulsões já existiam antes de 1970). Cinco cartões amarelos foram mostrados na partida de abertura entre México e URSS, enquanto nenhum cartão vermelho foi mostrado em todo o torneio.

A controvérsia cercou a Copa antes mesmo que uma bola fosse chutada. Bobby Moore, capitão da seleção inglesa foi acusado de roubo a uma joalheria, e subseqüentemente preso, na Colômbia, onde o time fazia um amistoso pré-Copa. Ele foi solto temporariamente para poder jogar a Copa, e depois as acusações foram discretamente retiradas.

No Grupo 1, os donos da casa não decepcionaram sua torcida e se classificaram junto com a União Soviética, ainda que houvesse algumas controvérsias nas vitórias mexicanas de 1 a 0 sobre a Bélgica e de 4 a 0 sobre El Salvador.

O Grupo 2 apresentou exatos seis gols em seis jogos com Itália, atual campeã européia, e Uruguai, atual campeão sul-americano, prevalecendo sobre Suécia e a surpreendente seleção de Israel após uma série de partidas pouco empolgantes. Desse grupo porém acabaria saindo dois dos quatro semi-finalistas.

Os primeiros grandes momentos desta memorável Copa do Mundo ocorreram no Grupo 3, no qual o bicampeão Brasil e a defensora do título, Inglaterra se somaram as fortes equipes européias da Tchecoslováquia e Romênia. Na revanche da final da Copa de 1962, os brasileiros começaram perdendo para os tchecoslovacos, mas conseguiram reagir e acabaram por vencer a partida por 4 gols a 1. Pelé marcou um dos gols, mas o lance dele que ficaria marcado para sempre nesta partida foi a tentativa efetuada do meio de campo que quase bateu o goleiro Ivo Viktor, a bola passou rente a trave.

O choque de campeões entre a seleção canarinho e o English Team atendeu às expectativas. O lance mais célebre desta partida foi a forte cabeçada para o chão de Pelé que não atingiu o gol por conta de uma impressionante defesa de Gordon Banks, que conseguiu colocar sua mão por baixo da bola e mandá-la por cima do travessão.

No fim, foi um gol de Jairzinho que sacramentou a vitória dos brasileiros pela contagem mínima. Na última rodada, a Romênia impôs dificuldades ao Brasil, mas o time de Zagallo acabou vencendo por 3 a 2. A Inglaterra também passou à segunda fase, batendo romenos e tchecoslovacos pela contagem mínima.

No Grupo 4, o Peru e seui estilo ofensivo conseguiu uma importante vitória contra a Bulgária por 3 a 2, após estar perdendo de 2 a 0 no intervalo. Marrocos começou bem sua primeira partida contra a Alemanha Ocidental, saindo na frente. Mas os alemães conseguiram a virada por 2 a 1.

Os alemães também começaram atrás contra os búlgaros, mas um hat-trick de Gerd Muller ajudou na virada, que acabou em 5 a 2. Muller marcou mais um hat-trick na última rodada com placar de 3 a 1 dos alemães contra os peruanos. No fim, o Peru acabou avançando junto com a Alemanha Ocidental, pois havia vencido Marrocos por 3 a 0, com três gols em 11 minutos.

Segunda fase
Nas quartas-de-final uma transformada Itália bateu o México por 4 a 1, de virada. Os donos da casa saíram na frente com um gol de José Gonzales, mas Gustavo Pena marcaria um gol contra empatando a partida antes do intervalo. A Itália dominou o segundo tempo.

Dois gols de Luigi Riva e um de Gianni Rivera trouxeram o jogo ao seu placar final. Em Guadalajara, o caminho do Peru acabaria com a derrota de 4 a 2 para o Brasil após uma partida que demonstrou dois times ofensivos.

A partida entre Uruguai e União Soviética permaneceu sem gols até cinco minutos antes do fim da prorrogação, quando Victor Espárrago conseguiu arrancar um gol e classificando os sul-americanos. A última quarta-de-final foi uma revanche da final da Copa anterior entre Inglaterra e Alemanha Ocidental, produziu uma das grandes partidas da história da Copa do Mundo.

A Inglaterra sofreu um duro golpe antes do jogo, quando Gordon Banks sofreu severas dores de estômago. Seu reserva Peter Bonetti assumiu a posição, e no começo do segundo tempo os ingleses lideravam por 2 a 0 e o jogo aparentava já estar decidido. Porém, a Alemanha marcou com Franz Beckenbauer no minuto 68. Em pânico, o técnico inglês Alf Ramsey decidiu substituir Bobby Charlton.

Sem Charlton, a Inglaterra não conseguia mais se firmar na partida e não conseguia conter os incessantes ataques alemães. A oito minutos do fim, Uwe Seeler cabeceou para marcar o gol de empate. A Alemanha Ocidental agora era a dona do jogo e, na prorrogação, com um erro de Bonetti, Gerd Muller marcou o gol da vitória, impossibilitando a defesa do título por parte dos ingleses.

As semifinais apresentaram quatro times que já haviam vencido a Copa no passado: Brasil vs. Uruguai, numa revanche da partida final da Copa de 1950, e Itália vs. Alemanha Ocidental. No jogo entre os sul-americanos, o Brasil conseguiu bater o Uruguai por 3 a 1 de virada. Esta partida apresentou mais um brilhante lance de Pelé: com a posse de bola dentro da área, ele conseguiu ficar frente a frente com Ladislao Mazurkiewicz e, sem tocar a bola, ela passou à esquerda do goleiro, Pelé correu para o lado direito, pegando a bola com o gol vazio a sua frente.

O zagueiro Ancheta não conseguiu tirar a bola, mas Pelé não conseguiu marcar por muito pouco. A semifinal composta pelos europeus é tida por muitos como o melhor jogo da história das Copas do Mundo. A Itália saiu na frente aos 8 minutos com um gol de Roberto Boninsegna após uma bela jogada de "um-dois" com Luigi Riva. A Alemanha Ocidental pressionou em busca do empate pelo resto do jogo, até o final quando Karl-Heinz Schnellinger, que jogava na equipe italiana do AC Milan, marcou o gol de empate nos acréscimos. Na prorrogação, Gerd Muller virou a partida para os alemães no minuto 94. E Tarcisio Burgnich empatou novamente.

No minuto 104, Riva marcou o terceiro gol italiano sob a meta de Sepp Maier, mas Muller uma vez mais marcaria, seis minutos depois. A direção de TV ainda estava mostrando a repetição desse gol quando o meio-campista italiano Gianni Rivera, desmarcado perto da marca do pênalti, voleou um belo cruzamento de Boninsegna para o gol da vitória no minuto 111. Franz Beckenbauer jogou parte da partida com uma clavícula quebrada após tentar simular uma falta na prorrogação. Como Helmut Schön, técnico da Alemanha Ocidental, já havia feito as duas substituições permitidas, Beckenbauer ficou com o braço numa tipóia. A partida é tida como o "Jogo do Século", também conhecido como a Partita del Secolo na Itália e Jahrhundertspiel na Alemanha. Um monumento no Estádio Azteca na Cidade do México homenageia o jogo. A Alemanha Ocidental conseguiu o terceiro lugar ao bater o Uruguai por 1 a 0.

Final
Na final, o Brasil saiu na frente, com Pelé cabeceando um cruzamento de Rivellino no minuto 18. Roberto Boninsegna empatou para os italianos após falha da defesa brasileira. Gérson bateu um forte chute para o segundo gol, e ajudou na marcação do terceiro, com um lançamento de falta para Pelé que cabeceou para Jairzinho. Pelé finalizou sua grande performance saindo da marcação da defesa italiana e assistindo Carlos Alberto Torres no flanco direito para o gol derradeiro. O gol de Carlos Alberto, após uma série de passes da seleção brasileira da esquerda para o centro, é considerado um dos mais belos gols marcados na história do torneio. A vitória consagrou o Brasil como a primeira equipe a conquistar três títulos na história das Copas.

Com sua terceira vitória após 1958 e 1962, o Brasil pôde reter a posse da Taça Jules Rimet permanentemente (ironicamente, ela seria roubada em 1983 enquanto estava em exposição no Rio de Janeiro e nunca foi recuperada). O técnico brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo foi o primeiro futebolista a se tornar campeão mundial como jogador (1958 e 1962) e como técnico, e Pelé encerrou sua carreira nas Copas do Mundo como o primeiro (e até agora único) vencedor por três vezes.

Jairzinho marcou pelo menos um gol em cada dos seis jogos do Brasil (no primeiro jogo, contra a Tchecoslováquia, ele marcou dois), um feito que até agora não foi repetido. Porém, o artilheiro do torneio foi Gerd Müller, da Alemanha Ocidental, com 10 gols. Müller conseguiu marcar hat-tricks em dois jogos conscecutivos, contra a Bulgária e contra o Peru na fase de grupos.

Equipes: 16
Quando: 31 Maio 1970 para 21 Junho 1970
Final: 21 Junho 1970
Jogos: 32
Gols: 95 (média 3.0 por partida)
Público:: 1603975 (média 50124)
Campeão: Brasil
Vice-campeão: Itália
Terceiro: Alemanha Ocidental
Quarto: Uruguai
Chuteira de Ouro: Gerd MUELLER (GER)
Prêmio de Melhor Jogador Jovem: Teofilo CUBILLAS (PER)

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